Sintrajud discute saúde mental e prevenção do suicídio em live no dia 22


17/09/2021 - Hélio Batista Barboza
Oficial de justiça aposentado e psicólogo falam sobre o tema em transmissão que marca a campanha Setembro Amarelo: às 18h, pelo YouTube, Facebook e aqui no site.

 

Para marcar o Setembro Amarelo – mês dedicado à campanha internacional de esclarecimento sobre prevenção e posvenção do suicídio – o Sintrajud transmite no próximo dia 22, às 18 horas, a live “Saúde mental na pandemia e prevenção ao suicídio”. O Dia Mundial de Prevenção do Suicídio foi celebrado em 10 de setembro.

A transmissão será feita pelo site do Sindicato e pelas páginas do Sintrajud no Facebook e no YouTube, com a participação do oficial de justiça aposentado Ivo Farias, fundador do Sindicato, da diretora Luciana Carneiro e de Bruno Chapadeiro, perito em Psicologia do Trabalho na Justiça Trabalhista.

Ivo Farias é sobrevivente enlutado pelo suicídio da filha Ariele, que morreu aos 18 anos, em 2014. Desde então, tornou-se militante da valorização da vida e da prevenção e posvenção do suicídio. Ex-voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV), Ivo é coordenador do Grupo “Luta em Luto” de apoio aos sobreviventes do suicídio.

Racismo e suicídio

Apesar do desafio colocado pela pandemia à saúde mental da população, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021, divulgado em julho, trouxe uma notícia positiva: o número de suicídios no Brasil não chegou a ter aumento expressivo nesse período.

O perfil predominante de quem comete suicídio no país é de jovens, entre 10 e 29 anos de idade, de acordo com uma pesquisa divulgada em 2019 pelo Ministério da Saúde. A pesquisa mostrou também que o risco de suicídio é 45% maior na população negra do que entre as pessoas brancas.

Na população indígena, o risco aumenta ainda mais, chegando a três vezes a proporção de óbitos por suicídio verificada no Brasil. O índice alarmante afeta principalmente os jovens, que se veem sem perspectiva diante da violência contra as comunidades, expulsas das terras que ocupam e submetidas à destruição de sua cultura. Entre 2010 e 2018, a taxa de suicídio na população indígena aumentou mais de 50%.

As desigualdades estruturais brasileiras parecem se refletir também nos maiores índices que afetam as populações negra e indígena.

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