Sindicato e corregedoria da CEUNI dialogam sobre compensações indevidas


01/07/2022 - Luciana Araujo
Oficiais de justiça que integram grupos de risco para a covid-19 buscam revogar determinação de compensações, entendida como punitiva a quem trabalhou em modo remoto durante toda a pandemia.

 

A diretoria do Sintrajud vem se reunindo com o novo corregedor da Central Unificada de Mandados (CEUNI) da Justiça Federal na capital, juiz Raphael José de Oliveira, e a vice-corregedora, Ivana Barba Pacheco (foto), para debater a situação dos oficiais de justiça que integram o grupo de risco para covid-19. O objetivo é alcançar a revisão das compensações de mandados extraordinários.

Os oficiais são o segmento da categoria que mais se expôs ao longo de toda da pandemia, cumprindo, mesmo com redução às questões de garantia de não perecimento de direito e medidas urgentes, mandados presenciais ao longo de toda a pandemia. Os oficiais foram também os colegas mais vitimados por mortes decorrentes da síndrome causada pelo novo coronavírus.

Foram realizadas já três reuniões, uma delas com a presença dos oficiais afetados. O Sindicato questionou a imposição de compensação de dois mandados extras a cada um devolvido que estes servidores não realizaram presencialmente no auge da pandemia. A medida é vista como uma penalidade contra colegas que trabalharam ao longo de todo o período no regime remoto. A situação foi tão grave que uma oficiala chegou a pedir exoneração do cargo, mas foram diversos os afastamentos por razões de saúde (o que inclusive vai na contramão do bom funcionamento das atividades que os servidores mantiveram enquanto estiveram no trabalho à distância).

As tratativas com a administração continuam e o Sindicato divulgará mais informações tão logo se alcance os termos finais de acordo.

TALVEZ VOCÊ GOSTE TAMBÉM