Estudantes da USP protestam em defesa do povo palestino e exigem cessar-fogo


09/05/2024 - Giselle Pereira
Ação reúne manifestantes que pedem fim de convênios com universidades israelenses. CSP-Conlutas e Sintrajud apoiam a iniciativa.

Acampamento pró-Palestina na USP defende corte de relação com o Estado de Israel. Foto: Roberto Parizotti

Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) iniciaram na terça-feira (7 de maio) um acampamento em favor da causa palestina e em repúdio ao genocídio cometido pelo governo de Israel contra a população na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

A política sionista do governo israelense já matou mais de 34 mil pessoas desde outubro de 2023. A iniciativa, que reúne mais de 200 universitários, repercute o movimento iniciado nos EUA e na Europa. Esse é o primeiro acampamento estudantil pró-Palestina no Brasil.

Os manifestantes exigem cessar-fogo em Gaza, o fim de convênios entre a USP e as universidades israelenses e que as instituições de ensino superior brasileiras e o governo rompam as relações com o Estado de Israel. Também defendem que seja retirado todo e qualquer processo administrativo contra estudantes que se solidarizaram com o povo palestino.

Acampamento na FFLCH-USP (CSP-Conlutas).

Além dos discentes, a mobilização também conta com a participação dos técnico-administrativos (Sintusp) e de professores. A iniciativa partiu de diferentes entidades estudantis da USP, organizadas em torno do Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino (ESPP-USP). Na noite dessa terça (7), iniciou-se a montagem do acampamento no vão do prédio dos cursos de História e Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

A movimentação ocorre após Israel rejeitar uma proposta de cessar-fogo e iniciar uma ofensiva militar na cidade de Rafah, o que pode agravar o genocídio em curso.

Na manhã dessa quarta, 8 de maio, o representante do Sindicato dos Técnicos da USP (Sintusp) Magno de Carvalho, durante uma palestra no acampamento, parabenizou a ação e defendeu que a mesma precisa ser expandida para outras universidades do país.

Faz parte da jornada de lutas em defesa do povo palestino a realização de palestras, debates, oficinas, atividades culturais com a participação de pessoas de fora da USP, entre outras iniciativas. A CSP-Conlutas, Central à qual o Sintrajud é filiado, soma-se à mobilização. 

Manifestações similares também ocorrem na Grã-Bretanha, França, Espanha, Irlanda, Alemanha, Holanda, Austrália, Japão, México, entre outros países.

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