Em reunião com Secretário-Geral do CJF, Sintrajud pede mais verbas para custeio da saúde

Diretores do Sintrajud se reuniram com o Secretário-Geral do Conselho da Justiça Federal (CJF) Daniel Marchionatti Barbosa para pleitear mais verbas para o orçamento do custeio à saúde na Justiça Federal, na última sexta-feira, 14 de julho. Participaram da reunião os diretores Antonio Melquíades, Cléber Borges, Marcos Trombeta, Maria Ires Lacerda e Tarcisio Ferreira. Nesta quarta, 19 de julho, uma manifestação presencial e online acontecerá em frente ao TRF-3 para reivindicar mais verbas para a saúde e que o Tribunal assuma o impacto do último reajuste dos planos de saúde geridos pela Unimed Seguros. O ato começará às 13h.

“A gente pediu um esforço do CJF para conseguir mais verbas para o custeio da saúde, dado o exorbitante aumento do plano de saúde. O Secretário-Geral se mostrou compreensivo quanto ao alto preço da saúde em São Paulo e falou que nosso pedido de mais verbas será analisado pelo CJF”, declarou Trombeta, diretor do Sindicato e oficial de justiça lotado na CEUNI. O Sintrajud buscará uma devolutiva do CJF quanto a possível alocação de recursos para o custeio da saúde suplementar nos próximos dias.

O diretor Tarcisio Ferreira elucidou que o excessivo aumento aplicado pela Unimed Seguros impacta diretamente na recomposição parcial das perdas salariais conquistada no ano passado pelos servidores. “Expusemos a situação em São Paulo, de um reajuste bastante elevado, de 15 a 33% no contrato, que com o subsídio estagnado na prática ultrapassa os 50%. E também destacamos o retroativo, que é algo que na prática dobra o reajuste, que já é muito pesado”, argumentou Tarcisio.

“O reajuste é retroativo a novembro de 2022. O Tribunal está arcando apenas com as diferenças de novembro e dezembro e cobrando dos servidores de janeiro a junho de 2023”, esclareceu o diretor Cléber Borges. Ao Secretário-Geral do CJF, os diretores explicaram a situação dos servidores da Justiça Federal que se depararam com um aumento dos planos de saúde em até 55%. Divulgados no dia 15 de junho, com vigência retroativa a 1° de janeiro/2023, os novos valores afetam a todos os servidores usuários do plano e lotados na sede do Regional, na JF na capital e em mais 15 municípios de São Paulo.

“Ainda que tenha ocorrido uma relativa recuperação do valor per capita a partir do ano passado, como ficou congelado por muitos anos, na prática, essa recuperação do valor se perdeu muito rapidamente, não deu conta da evolução do custo com a saúde suplementar. Esse valor ainda é insuficiente”, completou Tarcisio, pleiteando as verbas para minorar o impacto do reajuste no bolso dos colegas da Justiça Federal.

“Esse é um momento importante de definição; tanto porque já é possível aferir possíveis sobras orçamentárias neste ano, que podem ser remanejadas para a saúde, quanto para a definição do orçamento do ano que vem porque as propostas orçamentárias do Judiciário são encaminhadas para a consolidação da Lei Orçamentária no mês de agosto”, finalizou o diretor conclamando a categoria a fortalecer a mobilização por mais verbas para assistência em saúde nos próximos dias.

O Sintrajud já solicitou à presidente do Tribunal, a desembargadora Marisa Santos, que busque com urgência recursos em Brasília para atenuar o impacto sobre os salários dos servidores, e que o tribunal absorva de imediato o retroativo de seis meses que está sendo cobrado dos servidores. O ato no TRF-3 também reivindicará que Marisa Santos receba a direção do Sindicato e busque medidas para suplementação orçamentária da assistência em saúde. A mobilização desta quarta (19) será a via para que os servidores possam pressionar por uma solução, iniciando uma campanha para que a administração do TRF-3 atue junto ao CJF, ao STF e CNJ para reverter o que na prática resulta em um confisco salarial colocado para a categoria, dizem os servidores. O Sindicato reembolsará o custo com transporte dos servidores e servidoras de outras cidades que desejem participar da atividade presencialmente; os colegas deverão entrar em contato com o Sindicato através do número 11 99163-6903 (falar com Luci).

Além da mobilização, o Sindicato também impulsiona um abaixo-assinado eletrônico que pode ser subscrito na plataforma a seguir (você receberá um validador da assinatura em seu e-mail e é importante que confirme a adesão à petição).

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