Atos nesta quarta e dia 29 reforçam defesa de vacina para todos, auxílio e fim do governo Bolsonaro


26/05/2021 - Luciana Araujo
Em Brasília, centrais sindicais entregaram na tarde desta quarta carta em defesa da vida, do emprego, da democracia; luta contra a 'reforma' administrativa também foi pauta do ato. No sábado, Sintrajud terá ponto de encontro em frente ao Fórum Pedro Lessa.

Faixa em destaque na manifestação, em frente ao Congresso Nacional (crédito: Valcir Araújo)

 

O ‘esquenta’ para o próximo sábado, 29 de maio: Dia Nacional de Mobilização por ‘Fora Bolsonaro!’, reuniu em Brasília nesta quarta (26) nove centrais sindicais que entregaram ao vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), uma carta com as prioridades da classe trabalhadora para enfrentamento à maior crise sanitária dos últimos cem anos – entre elas o auxílio emergencial de R$ 600,00 até o fim da pandemia para brasileiros em vulnerabilidade social. O ato unificado criticou ainda a ‘reforma’ administrativa imposta pelo governo Bolsonaro por meio da Proposta de Emenda Constitucional 32/2020, cuja admissibilidade foi aprovada nesta terça na Comissão de Constituição e Justiça da Casa.

As centrais também formalizaram o documento ‘Agenda Legislativa das Centrais Sindicais no Congresso Nacional: Prioridades para 2021 Vida, Emprego e Democracia’, formulado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) e subscrito pela CSP Conlutas, CGTB, CSB, CTB, CUT, NCST, Força Sindical, Intersindical, Pública e UGT. O documento pode ser lido aqui.

Como já convocado pelo Sintrajud, neste sábado em todo o país acontecerão os primeiros atos presenciais de caráter nacional unificado em meio à pandemia. A principal motivação para, preservando as regras de segurança, enfrentar a realidade pandêmica nas ruas é a própria condução da crise sanitária pelo governo, que resultou já em 452 mil mortes até a publicação deste texto.

Na capital de São Paulo o ato terá início às 16 horas, na Avenida Paulista, e o Sintrajud marcou o ponto de encontro de servidores da categoria que vão participar em frente ao Fórum Pedro Lessa da Justiça Federal (Paulista, 1682, ao lado do Masp, onde terá início o protesto). De lá, em passeata distanciada, os participantes vão descer a Rua da Consolação até a Praça Roosevelt.

Protestos com segurança

Serão distribuídas máscaras PFF2 e os organizadores reforçam a obrigatoriedade de utilização desta ou do modelo N95 (conferindo sempre se estão bem ajustadas no rosto e sem vazamentos de ar). O distanciamento entre manifestantes, evitando contato físico e compartilhamento de qualquer objeto pessoal, água e alimentos, é mais uma orientação que será reforçada ao longo de toda atividade.

O uso frequente de álcool em gel, que também será distribuído pelos organizadores, é outra cobrança de segurança sanitária para higienização das mãos. Ainda é orientado que o deslocamento até o ato se dê preferencialmente a pé ou em transportes com janelas abertas, usando a máscara durante todo o trajeto no caminho de ida e volta e na manifestação.

Quem tiver qualquer sintoma covid-19 ou teste positivo, ou ainda quem teve contato com pessoas com sintomas ou teste positivo, não deve participar do ato. São eles: tosse, febre, cansaço, dor de cabeça, coriza ou congestão nasal, dor de garganta, perda de olfato ou paladar, falta de ar ou diarreia.

Governo mais perigoso que o vírus

A inspiração para as mobilizações, que acontecem na sequência de atos convocados com os mesmos critérios por organizações antirracistas contra o aumento da violência policial, do desemprego e da fome no país, vem também do levante colombiano. Naquele país, que também enfrenta o debate sobre a reforma do Estado, o cartaz “Se um povo protesta e marcha em meio a uma pandemia, é porque seu governo é mais perigoso que o vírus” tornou-se um símbolo. Nos atos antirracistas no Brasil foram lembrados assassinatos praticados por polícias militares, como o do menino João Pedro e a chacina da Favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro. “Estão indo nos matar dentro das nossas casas” foi uma das palavras de ordem gritadas nos protestos do último dia 13 de maio.

Estão previstos atos em todas as capitais no país e em diversos municípios. No estado de São Paulo estão agendados os seguintes protestos, descentralizados também para evitar maiores aglomerações:

Assis – Em frente ao Homem de Lata (Av. Rui Barbosa), às 10h
Bauru –
Câmara Municipal, às 9h
Campinas – Largo do Rosário, às 10h
Guaratinguetá – Em frente a FEG/UNESP, às 10h30
Ilha Bela – Praça da Mangueira (em frente ao colégio ACEI), às 9h
Indaiatuba – Rua João Martini (esquina Av. Ário Barnabé), às 14h
Itanhaém – Calçadão Itanhaém, às 16h
Itapetininga – Em frente ao fórum, às 15h30
Jacareí – Pátio dos Trilhos, às 10h
Limeira – Praça Toledo de Barros, às 9h
Marília – Ilha ao lado da Galeria Atenas, às 10h
Peruíbe – Faixaço na passarela em frente ao kartódromo, ao lado da Faculdade Peruíbe, às 14h
Piracaia – Praça do Rosário, às 15h
Piracicaba – Praça José Bonifácio, às 9h
Poá – Praça Santo Antônio, às 13h
Praia Grande – Quadradão do Quietude, às 11h, e em frente a estátua de Yemanjá, às 13h
Ribeirão Preto – Estádio do Botafogo (vá de carro, moto ou de bicicleta), às 9h30, e Esplanada do Teatro Pedro II, às 10h
Santa Barbara D’oeste – Câmara Municipal, às 8h30
Santos – Unifesp, às 15h e Estação Cidadania, às 16h
São Bernardo do Campo – Paço Municipal, às 10h
São Carlos – Vários pontos de concentração: Av. São Carlos/Bento Carlos, Geminiano Costa, General Osório e Santa Cruz; Alexandrina/Geminiano Costa; Episcopal/Geminiano Costa, General Osório, Jesuíno Arruda e Santa Cruz;
São José do Rio Preto – Praça José Marcondes, às 16h
São José dos Campos – Rodovia Carvalho Pinto, às 9h, e Praça Afonso Pena, às 10h
São Paulo – Vão livre do Masp, às 16h
São Roque – Carreata a partir da Brasital, às 9h
Sorocaba – Praça Coronel Fernando Prestes, às 10h
Taubaté – Praça Dom Epaminondas, às 10h
Ubatuba – Trevo do Caiçara – Centro, às 16h
Vinhedo – Praça Santana, às 8h

* Atualizado em 28/05/2021 às 14h30.

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