Repúdio ao assédio moral e à falta de condições de trabalho, que têm levado ao adoecimento da categoria, foram pautados no ato que reuniu servidoras e servidores, além de representantes de movimentos sociais, no início da tarde dessa quinta, 18 de maio.
Foi descrita uma realidade de sobrecarga de trabalho e assédio moral, muitas vezes de forma institucionalizada, que potencializa o adoecimento. A decisão pela realização da atividade se deu após o suicídio de dois colegas, um deles dentro da sede da entidade, na Rua Riachuelo, no Centro/SP.
“A prevenção ao assédio deve ser sistemática”, disse Henrique Costa Sales, diretor do Sintrajud que participou do ato. O adoecimento é uma chaga que assola os trabalhadores e as trabalhadoras de forma geral, e as servidoras e servidores públicos de forma particular, levando, inclusive, alguns a pedir demissão e até mesmo recorrer ao suicídio. Para Henrique, a pauta é fundamental e é necessário que haja apoio aos colegas do Ministério Público. “Tudo indica que os casos de assédio no MP são altíssimos, levando ao esgotamento”.
Assédio em números
Em 2022, segundo a carta aberta dos servidores, foi realizada uma pesquisa informal na qual foram recebidos 300 relatos de assédio moral na instituição. Leia a carta completa aqui.
Os servidores lutam pela criação de comissão de assédio moral e sexual com participação ativa da categoria; disponibilização de psicólogos e rede de atendimento aos servidores; revogação dos instrumentos abusivos de avaliação dos servidores e instituição de ouvidoria de assédio moral e sexual.
Campanha
Os colegas do MP/SP estão fazendo uma petição de apoio, assine aqui. Todas as informações da campanha estão disponíveis na página do instagram “Nenhum servidor a menos”.
Há ainda, uma vakinha de apoio à família de uma das vítimas de suicídio. Os dados para transferência, no nome de Vania Heidrick Ciribelli da Silva, são:
Banco Itaú
Ag. 1192
Conta poupança 76680-4
CPF 170.688.758-23