Pressionado por greves no setor da educação e a paralisação nacional no último 3 de abril, em todos os estados, o governo antecipou a convocação de reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) para esta quarta, 10 de abril, em Brasília. Fabiano dos Santos, dirigente da CSP-Conlutas, central à qual o Sintrajud é filiado, estará presente no encontro.
Na pauta dos servidores, a defesa de reajustes salariais e de benefícios que amenizem as perdas acumuladas desde o governo Michel Temer (MDB), a revogação das normas impostas no governo de Jair Bolsonaro (PL) que atacam direitos e a valorização das carreiras. Além disso, os trabalhadores da educação federal — em que parte do movimento se encontra em greve desde 11 de março — defendem a recomposição do orçamento das universidades e de institutos federais e reajuste imediato dos auxílios e bolsas estudantis.
No dia 3 de abril, data em que foram realizados paralisações e atos nos estados, a greve da Fasubra (técnico-administrativos das universidades), iniciada em 11 de março, ganhava reforço dos servidores dos institutos federais (organizados pelo Sinasefe), com adesão de cerca de 20 unidades federativas. A expectativa é que, no dia 15 de abril, o movimento seja ampliado com a adesão do Andes-SN (docentes universitários) ao movimento paredista.
Nesse contexto, o Fórum Nacional dos Servidores (Fonasefe) convoca mobilização nacional entre os dias 16 e 18 deste mês, com a realização de atos e marcha a Brasília. No que diz respeito à luta no Poder Judiciário e MPU neste momento em relação à questão salarial, reivindica-se a antecipação da terceira e última parcela do reajuste conquistado em 2023. O PJU também discute a retomada da mobilização nacional para fazer avançar o PCS. O Sintrajud apoia as lutas gerais dos servidores e rechaça à proposta de reajuste zero.