Em audiência nesta quarta (6 de março), a juíza Luciana Buhrer Rocha do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região concedeu, liminarmente, a reintegração do metroviário e dirigente sindical Altino Prazeres, ex-presidente do sindicato daquela categoria em São Paulo.
A magistrada requereu ainda que o Ministério Público Estadual apure conduta antissindical por parte do Metrô. De acordo com a decisão, o trabalhador tem de ser “readimitido até dia 8 de março”.
Altino também é dirigente d CSP-Conlutas e militante do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), pelo qual já foi candidato ao governo do estado de São Paulo. A magistrada requereu ainda que o Ministério Público Estadual apure conduta antissindical por parte do Metrô. De acordo com a decisão, Altino tem de ser “readimitido até dia 8 de março”.
Nesta segunda-feira, 4, o Judiciário Trabalhista já havia reintegrado cinco dos oito demitidos nos últimos meses em retaliação à luta contra o programa de privatizações do governo Tarcísio pao Metrô, Sabesp e CPTM.
Para Altino, esta é uma vitória importante na luta contra a criminalização do direito de greve e na luta contra a privatização. “As nossas expectativas são boas, pois acreditamos, sobretudo, na unidade dos trabalhadores para não apenas reverter as demissões, como também barrar as privatizações”, disse, confiante.
O Metrô, no entanto, já informou que vai recorrer da decisão.
No próximo dia 20, e em 13 de maio, haverá duas novas audiências para julgar a situação de outros dois trabalhadores também demitidos após a greve unificada ocorrida em 03 de outubro do ano passado, em evidente ataque ao direito de greve, à luta contra as privatizações, o que configura prática antissindical na avaliação da diretoria do Sintrajud e do Sindicato dos Metroviários.
O Sintrajud, que participou da greve contra as privatizações, ressalta a importância da unidade frente ao ataque à população de forma geral com a ameaça de privatizar serviços essenciais, como transporte e saneamento. Uma vez mais, a diretoria do Sindicato repudia as demissões arbitrárias dos metroviários e metroviárias e estará junto com a categoria até o final dos julgamentos.
Entenda o caso
As demissões aconteceram no dia 24 de outubro de 2023, após a forte greve unificada de trabalhadores do Metrô, Sabesp e CPTM do dia 3 daquele mesmo mês. Apesar do apoio da população à greve e de muitos dos demitidos serem ocupantes de mandatos classistas, a empresa bancou os desligamentos.
A campanha de solidariedade aos demitidos organizada pelo Sindicato dos Metroviários també recebeu apoio internacional, resultando nas seis reintegrações já conquistadas.