Mesa de encerramento do 3º Encontro de Mulheres da América Latina e Caribe. Foto: Lana Borges
Pouco antes do Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha e de Tereza de Benguela, ocorreu o 3º Encontro de Mulheres da América Latina e Caribe. Na oportunidade, foi reafirmado o enfrentamento ao imperialismo e ao fascismo na luta pela emancipação das mulheres. A atividade, que foi realizada na Universidade de Brasília (UnB), entre 21 e 23 de julho, reuniu mulheres de várias idades, do campo e da cidade, indígenas e quilombolas. O Sintrajud esteve presente no encontro que teve como mote “Pelos direitos e emancipação das mulheres. Por uma América Latina e Caribe soberanos. Não à intervenção imperialista!”
O grupo debateu a situação econômica, política e social em que vivem os povos latinos (comunidades locais) e as diferentes formas de organização social e política, conforme dados divulgados pelo Movimento de Mulheres Olga Benário, um dos organizadores do evento. Maria Ires Graciano Lacerda, diretoria do Sindicato, acompanhou a atividade. Leia aqui a declaração final.
Uma marcha na Esplanada dos Ministérios abriu as atividades. Nos dias seguintes, debates, exposições de propostas e grupos de trabalhos também marcaram as ações do movimento. As expositoras de vários países contribuíram para uma construção coletiva de pautas e lutas que foram encaminhadas para os próximos anos. O encontro contou com representações do Brasil, Colômbia, Equador, República Dominicana, Paraguai, Peru, Argentina, Uruguai, México, Venezuela e El Salvador.
Mulheres de diferentes realidades partilharam conhecimentos e lutas, fortaleceram a solidariedade internacional, planejaram uma agenda unitária que desenvolva as mobilizações anticapitalistas, anti-imperialistas e antifascistas para os nos próximos anos. Além disso, foi lida e aprovada em plenária o Manifesto proposto pelo Comitê Preparatório Internacional, que norteia as lutas para emancipação das mulheres e dos povos.
A Argentina foi escolhida como o próximo país que irá sediar 4º Encontro de Mulheres da América Latina e Caribe, em 2026. Também foi aprovada uma agenda de lutas que culminará na Jornada Latino-Americana e Caribenha contra o fascismo e o imperialismo na região, pela soberania e pelos direitos das mulheres.