Anna Karenina: ‘nossos questionamentos não se referem à tabela aprovada na Plenária da Fenajufe’

Mediadora do debate, a servidora Anna Karenina, da diretoria colegiada do Sintrajud, inicia a atividade promovida pelo sindicato afirmando que, em momento algum, a entidade questionou a proposta de tabela para a reestruturação da carreira dos servidores e servidoras do Poder Judiciário da União aprovada na plenária nacional da categoria e levada pela federação nacional (Fenajufe) ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Gostaria de começar esta atividade deixando claro um ponto antes de passar para os nossos participantes: o Sintrajud em momento algum questiona a tabela apresentada, o Sintrajud está de acordo e participou da elaboração da tabela apresentada”, observou, no início da live, realizada no dia 7 de fevereiro.

Este trecho pode ser assistido neste recorte do vídeo, da série “Sintrajud na luta pela Carreira”: 

“Esta discussão sobre a diferença salarial foi debatida em várias instâncias e momentos, sendo a crítica maior pela forma como foi conduzida e por alguns pontos deixados de fora, como será explicado por nossos colegas”, prossegue, para em seguida abordar o desequilíbrio hoje existente na tabela salarial.

“Sabemos que essa distância salarial entre técnico e analista é um dos divisores da nossa categoria, levando-nos a discutir entre nós mesmos e permitindo que a magistratura avance sobre o orçamento enquanto nós brigamos”, constata.

“Com a última parcela da recomposição em 2025, a distância salarial será de aproximadamente 9 mil reais, mais do que o salário inicial de um técnico. Conversando com nossos colegas em São Paulo, frisamos a injustiça em relação a isso”, diz.

Anna Karenina afirma ainda que esse é um problema que tem que ser enfrentado e que não significa prejudicar ninguém: ao contrário, é parte da construção de uma luta que precisa ser unitária para que seja possível uma vitória coletiva.

“Entendemos que essa distância salarial precisa ser corrigida, e por isso estamos totalmente de acordo com a volta da sobreposição. Isso não é uma inovação, mas sim trazer de volta uma realidade que já existiu, diminuindo essa distância salarial. Antes de passar para os colegas, acho importante frisar essa questão. E dizer que não se trata meramente salarial, como a gente tem feito. Um PCS traz toda uma reestruturação”, finaliza.

A atividade é parte da construção da campanha pela reestruturação da Carreira e um novo Plano de Cargos e Salários (PCS). Teve como debatedores a servidora Luciana Carneiro e o servidor Fabiano dos Santos, ambos da base da categoria em São Paulo e coordenadores da federação nacional da categoria, a Fenajufe. Nela, foram defendidos a unidade da categoria e expostas as divergências do Sindicato com a forma e certos aspectos do conteúdo da proposta levada ao CNJ pelo setor majoritário da diretoria da Fenajufe em meados de dezembro de 2023.

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