Servidora faleceu neste sábado à noite (4 de abril), após período de internação; diretoria do Sintrajud manifesta condolências à família e colegas.
Às vésperas do sétimo dia do falecimento do servidor José Dias Palitot Júnior, ocorrido em 30 de março, os trabalhadores do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região lamentam a perda de uma colega para a Covid-19 – doença provocada pelo coronavírus. Na noite deste sábado (04 de abril), aos 63 anos, Clarice Fuchita Kestring (foto) não resistiu e veio a óbito após passar dias internada. Ela deixa marido, “três filhos, nora, genros e um neto a caminho”, manifestou o cunhado, que confirmou o teste positivo, em uma rede social.
Em licença médica desde o último dia 23, a oficiala de justiça que atuava mais recentemente na região da Zona Leste era “das antigas” e “gente boa demais”, manifestou a colega Scheilla Brevidelli, que trabalhou com Clarice anteriormente na 7ª Vara do Trabalho. “Tinha um ótimo astral. Era uma profissional muito séria. Ótima colega”, completa Scheilla. Atualmente a servidora estava lotada na Central de Mandados do Fórum Trabalhista Ruy Barbosa.
Formada nas arcadas da Faculdade de Direito da USP, em 1992, Clarice ingressou no TRT-2 em 31 de agosto de 1984, mas continuava na ativa, embora já tivesse tempo de serviço e contribuição suficientes para se aposentar. Seu nome consta entre os primeiros sindicalizados do Sintrajud, ao qual continuava filiada.
A diretoria do Sindicato manifesta profundo pesar à família e colegas, na expectativa de não ter que noticiar mais nenhuma morte em decorrência da disseminação do vírus entre os servidores do Judiciário Federal. A morte de colegas, por qualquer razão, é sempre uma consternação. A vitimação pela pandemia, com as consequências de distanciamento e apreensão que ela traz, torna tudo mais doloroso para todos.
“No meio dessa turma toda está alguém que eu tive a chance de passar muitos momentos junto. No meio dessa turma toda está alguém que era ativa, saudável, jogava tênis e sempre participava de competições. A gente sempre se encontrava nos torneios! Fazíamos parte de um grupo que tem muito carinho e respeito um pelo outro”, declarou a amiga tenista Thaís Hiroki, que autorizou o Sindicato a publicar sua manifestação de pesar.
Clarice era tenista amadora, tendo disputado inclusive campeonatos internacionais – como o II Encontro Luso Nipônico Brasileiro de Tênis, realizado em Portugal, em 2014 – e colecionava alguns títulos.
O histórico de esportista da servidora mostra que a preservação da saúde e da vida por meio do isolamento social em tempos de pandemia é uma necessidade para todos.