Servidores do Fórum Trabalhista Ruy Barbosa voltaram a se reunir na manhã desta terça-feira (29 de junho) para avaliar as condições de trabalho diante dos efeitos, para os trabalhadores e jurisdicionados, da redução da disponibilidade de transportes e abastecimento em razão da greve dos caminhoneiros. Ontem, 28, em assembleia local, os servidores decidiram reforçar o pedido do Sindicato à Presidência do Tribunal para a suspensão do expediente.
Ainda nesta terça-feira, o Sindicato está recolhendo assinaturas da categoria no Fórum Trabalhista Ruy Barbosa pela suspensão do expediente nesta quarta-feira, 30. O objetivo é apresentar o abaixo-assinado ainda hoje à Presidência do Tribunal.
Os servidores dos outros prédios e Fóruns do TRT também podem assinar o documento (aqui) e enviar cópia digitalizada para o e-mail <[email protected]>.
Durante a reunião, os diretores do Sindicato informaram que, apesar dos esforços, não houve acordo nas reuniões realizadas ontem com o presidente do Tribunal, desembargador Wilson Fernandes, e a corregedora, desembargadora Jane Granzoto. “Destacamos que é evidente que não há uma situação de normalidade no Tribunal. Ontem mesmo foi possível constatar que diversas audiências foram suspensas e a dificuldade de locomoção dos servidores, mas não houve sensibilidade da Administração com a situação”, afirmou Tarcísio Ferreira, diretor do Sintrajud e servidor do TRT.
Os trabalhadores voltaram a destacar as dificuldades de locomoção e que a redução de uma hora no expediente não resolve o problema. “Ontem, uma colega que está grávida de 8 meses saiu do Tribunal às 18 horas e só conseguiu pegar o ônibus às 19h30, ou seja, não adiantou”, afirmou uma das servidoras presentes à reunião.
Outra preocupação é com os servidores que têm filhos, pois algumas escolas já informaram que não há insumos para manter a alimentação nas escolas, e as aulas podem ser canceladas nos próximos dias.
Os trabalhadores também ressaltaram que até os eventos programados pelo Tribunal esta semana foram cancelados, numa atitude que evidencia que a situação não está normal.
“A posição que a corregedora nos passou é que só tomará uma atitude se a situação ficar insustentável, mas além de já estar insustentável, achamos que não pode ser essa a posição de um Tribunal Regional do Trabalho, que tem que prezar pela garantia de condições de trabalho dos servidores e segurança dos jurisdicionados”, destacou Inês Leal, servidora do TRT e diretora do Sindicato.
Além do abaixo-assinado, os servidores já indicaram a realização de nova assembleia setorial no início da próxima semana.
A administração respondeu nesta segunda-feira o requerimento do Sintrajud de realização da campanha de vacinação contra a gripe nas unidades da Justiça do Trabalho. Embora tenha mantido o posicionamento contrário à instalação de postos locais de imunização, em decorrência de manifestação da Secretaria de Estado de Saúde de que o Tribunal não dispõe de classificação sanitária para tal serviço, a Administração determinou que os servidores que comprovarem a vacinação em clínicas particulares terão o reembolso de R$ 55,00 (cinquenta e cinco reais).