Sintrajud reforça ato neste sábado (8) em defesa do MST e deputadas ameaçadas de cassação


07/07/2023 - Niara Aureliano
Ato acontecerá no galpão da Alameda Eduardo Prado, em frente à loja do Armazém do Campo, a partir do meio-dia.

Figuras públicas, lideranças indígenas, parlamentares, artistas e representantes de movimentos sociais e de entidades sindicais, como o Sintrajud, se reunirão em um ato público neste sábado, 8 de julho, em defesa das seis deputadas federais que estão sob ameaça de cassação de seus mandatos, e em defesa do MST, alvo de CPI na Câmara dos Deputados. A atividade acontece no galpão da Alameda Eduardo Prado, em frente à loja do Armazém do Campo em São Paulo, a partir das 12h.

A manifestação, chamada “Lutar não é crime”, será uma resposta aos ataques da extrema direita na Câmara dos Deputados, em Brasília, no que ativistas apontam uma tentativa de criminalizar os movimentos sociais e a atuação de parlamentares de esquerda. A acusação contra as deputadas federais Célia Xakriabá (PSOL-MG), Érika Kokay (PT-DF), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Juliana Cardoso (PT-SP), Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Sâmia Bomfim (PSOL-SP) ocorreu após críticas das parlamentares aos colegas em discursos durante a votação do PL 490/2007, que trata sobre a demarcação de terras indígenas.

A deputada Sâmia Bomfim denunciou o que acontece em Brasília, em convocação aos ativistas para o ato deste sábado: “O processo de cassação do meu mandato e das demais deputadas combativas tem avançado com uma velocidade que não se vê para qualquer pauta em benefício do povo no Congresso. Da mesma forma, na CPI do MST, os bolsonaristas rasgam o regimento e querem fazer da comissão um show de horrores na tentativa de criminalizar todos os movimentos sociais. Nosso Ato-público é uma resposta a isso”.

A denúncia contra as deputadas foi acatada pelo presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), apesar de o regimento interno da Casa determinar que ações no Conselho de Ética devem ser individuais. O pedido coletivo foi retirado pelo presidente do PL Valdemar da Costa Neto, que então protocolou ação individual contra cada uma das parlamentares.

O Sintrajud repudia os ataques machistas e a violência política de gênero empregados contra as parlamentares na Câmara, e se solidariza com as deputadas e movimentos sociais vítimas de perseguição ou criminalização.

A manifestação contará com uma feira de produtos artesanais produzidos por mulheres e com o almoço da Reforma Agrária a preços populares a partir das 12h, refeições preparadas com ingredientes orgânicos plantados e colhidos pelo MST.

TALVEZ VOCÊ GOSTE TAMBÉM