Sintrajud participa de iniciativas do 1º de Maio sem patrões e políticos que atacam direitos


30/04/2021 - Luciana Araujo
Live unificada e carros de som com spots em defesa dos direitos nesta sexta, além do ato virtual deste sábado, reafirmam a importância do sindicalismo classista.

O Sintrajud participa nesta sexta-feira (30 de abril) da campanha unitária promovida pelas entidades que integram o Fórum dos Trabalhadores do Setor Público no Estado de São Paulo em homenagem ao Dia Internacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras: 1º de Maio.

Os organizadores contrataram carros de som que percorreram bairros da cidade denunciando como a ‘reforma’ administrativa ataca também direitos da população em geral e os riscos da reabertura das escolas sem políticas de imunização, defendendo vacinação imediata contra a covid-19 para todos os brasileiros pelo SUS sete e auxílio emergencial de pelo menos R$ 600,00 para as pessoas em situação de vulnerabilidade social até o fim da pandemia. Foram contemplados sete roteiros nas regiões do Centro expandido da capital, zonas Sul (Jardim Angela e Capão Redondo) e Leste (Cidade Tiradentes, Guaianases, Jardim Pantanal, Mooca, Vila Ema e Vila Prudente) e no município de Taboão da Serra.

Confira aqui os spots da campanha:

Spot 1: denúncia contra Bolsonaro e Doria pela ausência de políticas que assegurem o isolamento social

Spot 2: denúncia contra a ‘reforma’ administrativa

Spot 3: contra a reabertura das escolas sem vacinação

Também nesta sexta, uma live organizada pelas regionais paulistas da CSP-Conlutas, CUT, Intersindical – Central e Instrumento de luta e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, marcou a celebração do 1º de Maio como um dia de resistência, luta e solidariedade. O vídeo pode ser assistido clicando aqui.

1º de Maio sem patrões

Neste sábado, a partir das 9h, haverá carretas em vários bairros da capital (veja na imagem os roteiros). Das 10 ao meio-dia a Frente Sindical Classista da Baixada Santista, da qual o Sintrajud participa, vai realizar uma transmissão ao vivo (acompanhe aqui).

A partir das 11h, a CSP-Conlutas, central a que o Sintrajud é filiado, realiza o ato virtual 1º de Maio Classista, de Lutas e Internacionalista, em parceria com a Intersindical Instrumento de Luta. O diretor do Sindicato e da Fenajufe Fabiano dos Santos vai representar o Sintrajud e a transmissão pode ser acompanhada aqui ou pelo Facebook do Sindicato.

E às 14h será a vez da live de 1º de Maio organizado pelo Fórum pelos Direitos e as Liberdades Democráticas (assista aqui).

Em meio à maior pandemia em um século, com mais de 400 mil mortes em decorrência da covid-19 e sob um governo que tem a morte como projeto, a unidade dos trabalhadores e suas entidades representativas em uma data simbólica como o 1º de Maio é decisiva para potencializar as chances de derrotar os ataques desferidos contra a classe trabalhadora. No entanto, mais uma vez as maiores centrais sindicais do país optam por um caminho que dificulta a intervenção unitária no Dia Internacional dos Trabalhadores, neste sábado.

Apesar de os comandantes do Congresso Nacional e os partidos da ordem serem aliados do governo Bolsonaro na aprovação de ‘reformas’ como a previdenciária, a trabalhista e agora a administrativa, na redução do já insuficiente auxílio emergencial e na omissão frente aos mais de cem pedidos de impeachment do presidente da República, vários de seus representantes estão convidados para a live promovida por nove centrais neste 1º de Maio. Entre os convidados que confirmaram presença no ato da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, CGTB, Intersindical e Pública estão os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso; os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco; Rodrigo Maia (DEM-RJ), Ciro Gomes (PDT-CE), e os governadores João Dória (PSDB-SP) e Flávio Dino (PCdoB-MA). Todos têm em comum um histórico de votações e projetos contra a classe trabalhadora.

Contra esses insólitos convites, a CSP-Conlutas publicou um manifesto subscrito por diversas entidades, entre elas o Sintrajud. Leia abaixo:

Venha conosco construir o 1º de Maio de luta, sem patrão e sem os algozes que atacam a classe trabalhadora

Por direitos, empregos, vacinação já, auxílio emergencial de no mínimo R$ 600!

Fora Bolsonaro! A luta é em defesa da vida!

O 1º de Maio é Dia de Luta Internacional da Classe Trabalhadora, um dia que marca nossa luta histórica contra o Capital e seus governos de plantão que atacam os direitos e a vida dos trabalhadores e trabalhadoras.

No Brasil já são quase 400 mil vidas arrancadas pela ação do governo genocida de Bolsonaro e dos patrões, que mantêm em funcionamento todas as atividades não essenciais nesse momento tão grave da pandemia.

A maioria das vidas arrancadas é formada pela nossa classe. São os trabalhadores que são lançados na mira da morte seja pelo vírus, seja pela fome.

Para enfrentar essa situação, isso é preciso fortalecer a luta do conjunto da classe trabalhadora.

Por isso, a CSP-Conlutas e a Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora e várias outras organizações do movimento sindical e popular, estão construindo em unidade de ação o ato do 1º de Maio Classista, sem governo e sem patrão.

Não estaremos no ato convocado pelas demais Centrais Sindicais porque essas decidiram se somar àqueles que atacam a classe trabalhadora, como empresários e grande parte dos parlamentares e governadores. São os algozes da nossa classe que, no dia a dia, atacam as vidas, salários, direitos e empregos dos trabalhadores e trabalhadoras.

No ato classista do 1 ͦ de Maio, as bandeiras de luta são pela urgência da convocação de um lockdown nacional com garantia de emprego, direitos e salários dos trabalhadores; retorno imediato do auxílio emergencial de no mínimo R$ 600 para que as famílias consigam sobreviver durante a pandemia; vacinação já para todos (as) e a defesa do SUS; contra a reforma administrativa que ataca os trabalhadores que atendem diretamente a população trabalhadora e os serviços públicos; Despejo Zero no campo e na cidade, por subsídio s aos pequenos comerciantes da cidade e do campo.

Fortalecer a luta para derrotar o governo genocida de Bolsonaro é tarefa urgente. Não se pode simplesmente esperar por eleições em 2022 quando milhares de nossa classe estão morrendo agora.

Esse Manifesto tem por objetivo chamar os sindicatos, movimentos sociais e militantes que não sucumbiram à conciliação de classes a construir conosco um grande ato no 1 ͦ de Maio para fortalecer a luta contra os ataques do Capital e do governo genocida de Bolsonaro, as lutas urgentes e imediatas de nossa classe e, acima de tudo, fortalecer a maior de todas as lutas: por uma sociedade sem explorados e exploradores, uma sociedade socialista.

As organizações e militantes que concordam com esse Manifesto podem acessar este link para assinar e, mais do que isso, participar da convocação do Ato Classista, de Luta e Internacionalista que acontecerá no 1º de Maio, das 11h às 13 horas, nas plataformas virtuais da CSP-Conlutas e da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora.

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