Servidores mandam recado a parlamentares sobre a reforma da Previdência


06/12/2017 - Luciana Araujo

A reportagem do Sintrajud ouviu alguns servidores sobre o que diriam aos deputados que negociam seu voto em favor da reforma previdenciária. Abaixo é possível ler o que diz a categoria.

A direção do Sindicato convida todos os servidores a entrarem também na campanha para convencer os deputados sobre os riscos que suas reeleições correm no caso de virarem mais uma vez as costas aos trabalhadores.

Acesse aqui a mensagem padrão disponibilizada pelo Sindicato para ser enviada aos parlamentares em exercício. Pressionar também o deputado ou a deputada em quem você votou na eleição passada é outra orientação aprovada em assembleias da categoria.

“O que eu tenho a dizer aos nobres deputados é que a gente está muito próximo das eleições de 2018, e o voto a favor da reforma da previdência vai ser um suicídio eleitoral. A greve geral de abril deste ano, a maior dos últimos 30 anos, foi contra a reforma da Previdência. A população desaprova por ampla maioria esta reforma. E tão próximo a 2018, quem votar a favor dessa aberração, dessa condenação aos trabalhadores para que trabalhem até a morte, terá o nome divulgado, e não deve esquecer que a internet hoje define uma eleição. Apesar do dinheiro comandar muito a política, no fim é o voto que os coloca lá”.

Pedro Lourenço Breier, Fórum Trabalhista Ruy Barbosa

 

“Acho que a campanha do sindicato é importante porque ano que vem é ano de eleição, para sabermos quem são os deputados e senadores que estão alinhados com essa farsa que o governo quer demonstrar e os que são aliados do povo brasileiro.”

Servidora do TRT

 

“Com o desmonte dos serviços públicos e a desvalorização das categorias do funcionalismo, a população brasileira de conjunto será a mais prejudicada. O Judiciário Federal brasileiro é um dos melhores da América Latina, segundo estudos, e vai se tornar precário. E eles legislam para quem? Essa reforma é totalmente incoerente, como mostra o resultado da CPI. Isso não vai dar certo.”

Antônio Carlos Frederico, JEF/SP

 

“A impressão que dá é que o Brasil tem um problema muito maior que é má gestão política e dos nossos recursos. E a todo momento eles ficam procurando um motivo para cobrir esta má gestão, a bola da vez agora é a previdência e nós, servidores públicos, que viramos bode expiatório. A sociedade acha que temos privilégios, e nós não temos, pelo contrário, temos até encargos maiores, em termos de previdência, contribuímos mesmo depois de aposentados e agora ainda querem aumentar a alíquota. Somos servidores, mas também somos trabalhadores.”

Flávia Medeiros, JEF-SP

 

“Temos que estar unidos, este governo veio para destruir direitos. Ou nos unimos ou, além da perda dos direitos trabalhistas, também perderemos nossa aposentadoria. Este é um momento de luta, não é momento de medo.

Sibele Simonete, Fórum Trabalhista Ruy Barbosa

 

“A Reforma da previdência é vergonhosa, os verdadeiros privilégios estão em Brasília e eles não estão sendo incluídos nesta reforma, só os trabalhadores vão sofrer. Acho que nem um deputado ou político que se preze e que está lá com nosso voto deve votar a favor desta Reforma, acho que quem vota nisso não merece estar lá. Todo brasileiro deve seguir este raciocínio: votou contra trabalhador, não volta.”

Leila Azar – JEF-SP

“Em 2003, quando aconteceu a reforma da Previdência feita pelo Lula, eu já era aposentada e não pagava nenhuma contribuição. Mas com a desculpa de um suposto déficit foi feita aquela reforma e passei a ser taxada em 11% a partir daquele momento, como todos os servidores aposentados do país. Como ainda têm coragem de falar em déficit depois de 13 anos de mais uma fonte de arrecadação tão grande?”

Ana Fevereiro, aposentada

 

 

 

“Campanha muito importante e deve servir para nos unirmos, tanto nós trabalhadores do serviço público quanto os da iniciativa privada para combater esta nefasta reforma. Querem retirar direitos previdenciários em prol do pagamento da dívida pública, que já consome quase 50% do orçamento. Por isso, temos que nos unir contra este governo e esta reforma nefasta.”

Servidora do TRT

 

“Este governo é claramente contrário aos interesses dos trabalhadores, então temos que resistir de qualquer forma senão facilitamos o trabalho deles, que é tentar nos jogar para iniciativa privada, retirar aposentadoria e os nossos direitos. Temos que resistir, seja através de greve ou ato, para deixar claro para eles: se votar, não voltar!”

Antonio Carlos, Fórum Trabalhista Ruy Barbosa

 

 

 

 

 

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