Após a manifestação do último dia 11, o Movimento Passe Livre e diversas organizações convocam para a tarde desta quarta-feira (17 de janeiro) novo Grande Ato Contra o Aumento das tarifas de ônibus, metrô e trens. Desta vez, o objetivo é protestar em frente à mansão do prefeito João Doria Jr, no Jardim Europa. A concentração está marcada para 17 horas na Rua Itália, 414.
“Foi bonito e empolgante! Compusemos 10 mil pessoas em ato, sendo que umas 20 mil passaram por ele pra [sic] fortalecer. No Terminal Pq. Dom Pedro II, trabalhadoras e trabalhadores apoiaram e somaram na luta!”, aponta a página do evento no Facebook sobre o primeiro ato. Os organizadores também denunciam a truculência policial promovida já ao final do protesto, em frente à estação Brás da CPTM. Bombas de gás e balas de borracha foram lançadas contra participantes do ato e a população que trafegava pelas ruas, após alguns jovens pularem a catraca da estação. A Agência Ponte Jornalismo, que avaliou em dois mil o número de participantes, informou que policiais chegaram a ameaçar manifestantes de morte e três pessoas que estavam numa lanchonete próxima à estação foram atingidas.
O Sintrajud apoiou a convocação do primeiro ato e se soma a esta segunda iniciativa visando reverter o aumento que impacta o orçamento de milhares de paulistanos. O reajuste de R$ 3,80 para R$ 4,00 na tarifa simples cerceia o direito de pessoas circularem na cidade sob diversos aspectos. E em tempos de desemprego em alta dificulta até mesmo que os cerca de 17% de desempregados que vivem na Região Metropolitana de São Paulo consigam buscar ocupação.
Nas ruas e na justiça
A CSP-Conlutas ingressou com ação judicial contra o aumento abusivo das tarifas. O juiz da 15ª Vara de Fazenda Pública, José Gomes Jardim Neto, deu prazo de 72 horas a partir do último dia 11 para que a SPTrans e o Ministério Público se manifestem na ação civil pública que pede a suspensão do aumento. A Conlutas informa que as chefias dos executivos municipal e estadual, o prefeito João Doria e o governador Geraldo Alckmin, também foram convocados pelo juízo a se manifestar sobre o reajuste.
Em outras cidades do Estado onde as tarifas foram reajustadas também estão acontecendo manifestações.
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