Comissão do Senado rejeita Reforma Trabalhista


20/06/2017 - helio batista

O governo Temer sofreu a primeira derrota na tramitação da Reforma Trabalhista no Senado nesta terça-feira, dia 20. O relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB), que é favorável ao texto original do governo, foi rejeitado na CAS (Comissão de Assuntos Sociais) , com um placar de 10 votos contrários e 9 favoráveis.

A comissão aprovou, de forma simbólica, um texto alternativo do senador Paulo Paim (PT), que rejeita a reforma trabalhista na íntegra.

A rejeição do relatório de Ricardo Ferraço é um revés para Temer, que contava avançar na tramitação da medida sem obstáculos. Contudo, a proposta de Reforma Trabalhista seguirá para leitura e votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça)  e depois irá à votação no Plenário.

Luta deve continuar
A rejeição da Reforma Trabalhista na CAS é uma boa notícia para a luta contra as reformas e ocorre no mesmo dia em que as centrais sindicais promovem em todo o país o “Esquenta pra Greve Geral de 30 de junho”. Desde as primeiras horas desta terça, estão sendo realizadas assembleias, panfletagens e atos em várias cidades, para preparar a paralisação no dia 30.

“Hoje, nas atividades do Esquenta da Greve Geral estamos percebendo a disposição de luta dos trabalhadores e o apoio da população à realização de uma nova paralisação nacional. A rejeição no Senado foi um revés para o governo, mas os trabalhadores não podem apostar suas fichas no Congresso, em acordos ou medidas provisórias, pois sabemos como funcionam as negociatas naquele antro de picaretas”, avalia o membro da Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha.

“Não é hora de vacilar. A derrota do governo na CAS no dia de hoje precisa fortalecer ainda mais a construção de uma nova Greve Geral. É preciso parar o país e colocar Temer e suas reformas em xeque pra valer. A tarefa das centrais é fortalecer a construção da Greve Geral no dia 30 de junho, para que seja uma paralisação ainda maior que a realizada em abril e para que possamos enterrar de vez as reformas que ameaçam nossos direitos”, afirmou Mancha.

TALVEZ VOCÊ GOSTE TAMBÉM