Ato no STF para exigir recomposição salarial emergencial marca ‘início’ do 11º Congrejufe


28/04/2022 - Helcio Duarte Filho
Servidores cobraram atuação da Corte para assegurar reajuste imediato de 19,99%, além de reposição das perdas históricas acumuladas pela categoria.

Servidoras e servidores representantes da categoria de todas as regiões do país promoveram um ato em frente ao Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira, 27 de abril, para cobrar a recomposição emergencial de salários. Sob o forte Sol da tarde em Brasília, o protesto contou com a participação de dirigentes sindicais de outras categorias do funcionalismo, como docentes e técnicos das universidades federais, que integram a campanha salarial unificada pelo índice de 19,99%.

A delegação do Sintrajud ao 11º Congresso da Fenajufe (Congrejufe), que teve como primeira atividade o ato, compareceu à manifestação.

Uma comissão, recebida pela Direção-Geral do STF, relatou as razões do protesto e defendeu ações objetivas do tribunal no sentido de assegurar a reposição salarial emergencial do setor. O diretor-geral disse que a cúpula do Judiciário prepara uma proposta orçamentária para 2023 que contenha previsão de “reajuste possível”.

O STF também já teria pronto duas versões de minutas para um projeto de reajuste emergencial: uma incidindo sobre a GAJ e outra sobre o vencimento básico. Nenhuma das duas, porém, traz o impacto financeiro ou o percentual, nem foi apresentada ou negociada com a categoria. O STF estaria aguardando o eventual envio de projeto ou edição de medida provisória pelo Executivo para definir isso.

“Precisamos elevar o patamar de mobilização da categoria para cobrar do STF que, para além do reajuste emergencial demandado pelo funcionalismo, de 19,99%, tenhamos em 2023 uma reposição que comece a tratar nossas perdas acumuladas. A inclusão dessa previsão no orçamento é o primeiro passo para isso, ainda este ano, mas sabemos que a disputa orçamentária é muito intensa. Sem uma mobilização que estabeleça uma correlação de forças mínima nessa disputa orçamentária, podemos acabar sendo preteridos”, afirmou Fabiano dos Santos, diretor do Sintrajud e da Fenajufe.

No ato em frente ao órgão máximo do Poder Judiciário, os manifestantes afirmaram que há recursos e é sim possível assegurar o reajuste emergencial de 19,99%. Índice necessário para recompor as perdas dos três primeiros anos do governo Bolsonaro e impedir que, até o final de 2022, esse assalto imposto aos salários chegue a quase 30% de perdas inflacionárias. Fazer com que essa luta cresça e impedir essa redução salarial disfarçada é um dos desafios do 11º Congrejufe.

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