Servidores públicos de dezenas de categorias federais fazem greve nesta quarta-feira, 16 de março, para reivindicar reposição emergencial de 19,99%, a fim de compensar perdas acumuladas nos três anos de governo Bolsonaro. O funcionalismo exige que todas as categorias sejam contempladas, e não apenas os policiais, como defende o governo.
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Os servidores do Judiciário Federal em São Paulo vão reforçar a mobilização com um “Apagão”, conforme deliberação aprovada em assembleia da categoria. As administrações dos tribunais já foram comunicadas formalmente pelo Sindicato sobre a adesão da categoria à greve.
• o direito de greve dos servidores públicos está garantido pela Constituição (art. 37, inc. VII), e já era exercido antes mesmo da promulgação da Carta, em 1988;
• quem está em estágio probatório também tem o direito de participar da greve;
• o STF decidiu em 2016 pela constitucionalidade do desconto dos dias parados, mas os servidores não devem se intimidar com pressões e ameaças do governo;
• durante o período de greve o empregador não pode fazer exigências;
• não podem ocorrer demissões: a proibição consta do parágrafo único do art. 14 da Lei 7783/89. Além disso, a Súmula 316 do STF deixa claro que A SIMPLES ADESÃO À GREVE NÃO CONSTITUI FALTA GRAVE e que “é vedado à Administração adotar meios para constranger o servidor ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento”.
Se houver pressão das chefias ou diretorias de fóruns para comparecimento ao trabalho neste dia 16, o departamento Jurídico do Sindicato deve ser imediatamente acionado.
Confira a programação da greve:
9h – Transmissão ao vivo do ato na Esplanada dos Ministérios na página do Sindicato no Facebook
14h – Abertura oficial do ‘Viradão da Greve’ organizado pela Fenajufe (transmissão de informes da mobilização nos estados)
14h – Live na qual a direção da Fenajufe vai avaliar o ato e as articulações nos estados e com outras categorias
15h – Programação cultural (com transmissão ao vivo)
15h30 – Bate-papo com a auditora fiscal aposentada Maria Lúcia Fattorelli (coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida)
16h – Programação cultural
16h30 – Bate-papo com o economista Washington Moura Lima
17h – Programação cultural
17h30 – Live “Greve por quê?” (representantes das categorias explicam as possibilidades orçamentárias de assegurar o reajuste e a importância da greve geral por tempo indeterminado do funcionalismo, indicada para 23 de março, caso o governo não negocie)
18h30 – Programação cultural
19h – Tuitaço comandado pela Frente Parlamentar Mista do Serviço Público em defesa do reajuste