Solidariedade: Sintrajud reforça luta contra privatizações e convoca ato desta 5ª, 14

Protesto nesta quinta-feira, 14 de dezembro, no MASP, às 17h, marcará mais uma etapa da luta contra as privatizações e irá exigir a extinção dos processos contra os ativistas presos durante a votação que aprovou a privatização da Sabesp na Assembleia Legislativa, no último dia 6/12. O Judiciário determinou a soltura de Lucas e Hendryll, que seguiam presos até esta terça (12), mas eles, a dirigente da UP Vivian Mendes e o metroviário Ricardo Senese – que também foram detidos no dia 6, mas soltos no dia 7 – vão seguir respondendo judicialmente em liberdade.

Em reunião do Comitê de Solidariedade contra as privatizações da Sabesp, Metrô e CPTM e pela liberdade de Lucas e Hendryll, o Sintrajud, representado pelos diretores Camila Oliveira e Ismael Souza, e o coordenador da Fenajufe Fabiano dos Santos, foram analisadas as políticas privatistas do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e a urgência de derrotá-las em São Paulo, importante centro econômico e político do país.

Diversos representantes de entidades sindicais estiveram presentes no encontro, e já agendaram nova data para reunião do comitê, no dia 18 de dezembro, às 19h, no Sintaema (sindicato dos trabalhadores da Sabesp), com o objetivo de intensificar a luta contra a entrega do patrimônio público do estado de São Paulo.

“Esse comitê precisa servir à luta contra as privatizações e defender a reestatização. É preciso alertar a população que nós precisamos de concursos públicos e que não podemos perder os servidores estatutários, que são a defesa do serviço público, trabalhadores que podem se negar a cometer ilegalidades. Com as privatizações perde a população, perde o país. O serviço público não é um prédio, é um conjunto de pessoas”, defendeu Camila, que aproveitou para denunciar o desmonte da Justiça do Trabalho, reforçado pela própria cúpula do Poder quando o STF invalida sentenças da JT.

Solidariedade à deputada Monica Seixas

A luta contra a privatização da Sabesp também está ameaçando outros ativistas. No fim de noite do dia 12, foi publicado um relatório do Conselho de Ética da Casa pedindo a cassação da deputada estadual Monica Seixas, do mandato coletivo Pretas, do PSOL, supostamente pelo conteúdo dos discursos feitos pela parlamentar no dia da aprovação da privatização. A votação prevista para esta quinta, 14/12, foi adiada,  mas o processo segue.

Foi lançado um abaixo-assinado em defesa da deputada, que, dentre várias lutas, tem apoiado a categoria judiciária na luta contra o capacitismo. Monica é a autora da moção aprovada na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência na Alesp em repúdio ao juiz Paulo Arena. Assine aqui em defesa da deputada.  

“Querem cassar um mandato coletivo de mulheres negras e progressistas. Isso acontece uma semana após a vergonhosa aprovação da privatização da Sabesp, contra a qual Monica foi uma das mais combativas opositoras. Nunca houve, na Alesp ou outras casas legislativas, cassação ou punição de parlamentares em contextos semelhantes. O processo em questão é absolutamente frágil, descontextualizado e ilegal. Trata-se indubitavelmente de uma perseguição política”, diz o manifesto, que o Sintrajud também assina.

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo manifesta total e irrestrita solidariedade à parlamentar, e seguirá fortalecendo as mobilizações contra a entrega do patrimônio público à iniciativa privada, sempre em defesa do serviço público. Da mesma forma, convoca servidores e servidoras a manifestarem sua solidariedade aos parlamentares que se colocam ao lado das pautas da classe trabalhadora.

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