O dia nacional de luta contra a reforma da Previdência foi marcado com muita mobilização dos trabalhadores. Mesmo com o recuo das centrais, que desmarcaram a greve nacional, muitas categorias fizeram paralisações e, em todo o país, milhares de trabalhadores foram às ruas em defesa da aposentadoria.
Além da greve de 24 horas, os servidores do Judiciário Federal de São Paulo participaram do cerco de pressão aos parlamentares no aeroporto de Congonhas pela manhã e a tarde fizeram assembleia geral para definir os próximos passos da luta contra a retirada de direitos (veja matéria aqui).
Após a assembleia, a categoria juntou-se ao ato unificado que aconteceu na Avenida Paulista. Ao defender a unificação dos protestos, a diretora do Sindicato Fausta Fernandes, da JF/Caraguatatuba, ressaltou o momento exige a maior unidade dos trabalhadores para fortalecer a luta em defesa dos direitos. “Nós temos lutado para não perder os direitos que nos restam, é hora de unir forças com os trabalhadores do serviço público e privado e dizer ao governo: enquanto vocês quiserem retirar nossos direitos, não vamos deixa-los em paz”, afirmou.
O ato, convocado pelas Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, reuniu cerca de 2500 trabalhadores e teve início no Masp seguindo até o escritório da Presidência da República ainda na Paulista. A CSP-Conlutas também realizou uma manifestação no mesmo horário, com concentração em frente ao Fórum Pedro Lessa. “Estamos chegando no final do ano e o governo continua a ofensiva para retirar nossos direitos para fazer sobrar mais dinheiro para os grandes empresários e para o pagamento da dívida”, destacou Inês Leal, servidora do TRT e diretora do Sintrajud. “Mesmo com o recuo das centrais, mantivemos nossa greve e vamos continuar resistindo, não aceitaremos que Temer e o Congresso Nacional retirem nossos direitos”, afirmou a servidora.
Durante a manifestação, servidores carregaram bandeiras e faixa com o slogan da campanha lançada pelo Sindicato: “Se votar, não volta”. O objetivo da campanha é pressionar os parlamentares para que não aprovem a retirada do direito a aposentadoria dos trabalhadores brasileiros. “Queremos dizer a cada parlamentar que se votar a favor do mercado e contra os trabalhadores, não voltará em 2018”, afirmou Erlon Sampaio, coordenador da Fenajufe.