Pouco antes das 14h desta quinta-feira (14) o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), anunciou o adiamento da leitura do relatório sobre a reforma da Previdência no plenário da Casa e votação da PEC 287/2016 para 5 de fevereiro do ano que vem. O objetivo é realizar a primeira votação no dia 19 daquele mês. São necessárias duas votações e 308 votos favoráveis em cada uma para aprovar as mudanças na legislação previdenciária.
Uma importante vitória da mobilização das categorias, pela qual a diretoria do Sintrajud saúda também os trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo.
Assista abaixo ao pronunciamento do coordenador do Sindicato, Tarcísio Ferreira.
Tentar dividir para atacar
A próxima investida do governo será tentar dividir os servidores públicos para tentar aprovar o ataque às aposentadorias de todos. A última versão do texto do relator Arthur Maia (PPS/BA), propagandeada como uma “melhora” do projeto original, não inclui sequer uma regra de transição. O governo sinaliza incluir mecanismos transicionais para quem ingressou nos serviços públicos antes de 2003.
Diante do adiamento da votação, o jornal ‘Folha de S.Paulo’ divulgou que “para minimizar o tom de derrota do governo, Arthur Maia ainda vai ler nesta quinta-feira, às 15h, a última versão de seu texto, que ainda não trará a regra de transição dos servidores”.
“Pretendem fazer uma leitura do relatório no plenário ainda hoje, mas não quer dizer que seja a versão definitiva, e isso também não tem efeito prático em relação à possível votação. Discussão na volta do recesso e votação dia 19 de fevereiro é o que anunciaram. Seguiremos lutando para que esse também não se concretize!”, ressalta Tarcísio.
A direção do Sintrajud segue convocando a categoria a manter a mobilização e, em fevereiro, barrar de vez a reforma. Os parlamentares já devem ficar de sobreaviso porque o ano que vem começa com as palavras de ordem #SeVotarNãoVolta #TiremAsMãosdaNossaAposentadoria #NãoàReformaDaPrevidência