Assembleia reafirma participação na greve geral dos servidores, no dia 18, contra a PEC 32


13/08/2021 - Shuellen Peixoto
Assembleia estadual nesta quinta aprovou paralisação de 24 horas e participação nos atos do dia de luta em defesa do serviço público.

No dia 18 de agosto, trabalhadores e trabalhadoras do Judiciário Federal de São Paulo vão se unir às demais categorias do serviço público na greve nacional de 24 horas contra a PEC 32/2020, da ‘reforma’ administrativa. A deliberação foi aprovada por unanimidade na assembleia geral que aconteceu nesta quinta-feira, 12 de agosto, com a participação de colegas de todo o estado.

A greve geral dos servidores públicos no dia 18 é parte do calendário de lutas aprovado no Encontro Nacional do Setor Público, organizado pelas 11 centrais sindicais existentes no país e entidades do funcionalismo das três esferas, entre estas o Fonasefe (Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais).  Servidores públicos de todo o país estão se organizando para intensificar a luta com o objetivo de impedir a aprovação da PEC 32, que desmonta o estado brasileiro e retira conquistas históricas.

A ‘reforma’ administrativa, encontra-se em uma Comissão Especial da Câmara dos Deputados e, caso seja aprovada, seguirá para votação no plenário. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), anunciou na semana passada que pretende votar a proposta ainda no mês de agosto. A aprovação da PEC vem sendo adiada desde o final de 2020 em razão da mobilização, e a direção do Sindicato considera o dia 18 como um momento decisivo para barrar a ‘reforma’.

A diretoria do Sintrajud orienta que no dia da paralisação os servidores e servidoras intensifiquem a pressão sobre os deputados por e-mail, redes sociais e WhatsApp. O Sindicato disponibilizou nova carta aos parlamentares (clique aqui) e orienta a categoria a usar também as ferramentas digitais unitárias de pressão (clique aqui).

Na assembleia, os colegas destacaram que somente uma mobilização unitária com as demais categorias do serviço público e uma forte paralisação nacional podem impedir mais este ataque do governo Jair Bolsonaro. “O Congresso Nacional está alinhado com o governo e querem aprovar esta ‘reforma’, que é parte do projeto de desmonte do serviço público. Por isso é tão importante unificar as lutas, construir um grande dia de paralisação do serviço público no dia 18, junto com as demais categorias do funcionalismo, e avançar para a construção de uma greve geral para enterrar de vez este projeto que coloca fim nos direitos da população”, afirmou Fabiano dos Santos, diretor do Sintrajud e servidor do TRT-2.

Para Inês Leal, servidora do TRT-2, é importante avançar também na unidade com trabalhadores do serviço público e dos setores privados, tendo em vista que os projetos que têm sido aprovados no Congresso Nacional retiram direitos de todos. “Somente na última semana foi aprovada a lei que autoriza a privatização dos Correios e a MP 1045, conhecida como ‘minirreforma trabalhista’, ou seja, Bolsonaro está empenhado em demonstrar que consegue passar o rolo compressor e retirar direitos. Por isso é importante unificar as lutas, buscar uma greve geral no país, É isso que vai impedir o avanço da retirada dos nossos direitos”, destacou.

Para a servidora da JF Campinas Claudia Vilapiano, diretora do Sintrajud, o importante é conversar com cada colega de trabalho para demonstrar o tamanho do ataque e a necessidade de realizar um grande dia de luta e forte paralisação. “A ‘reforma’ administrativa já começou no Judiciário, estamos sendo atacados e cada vez mais sobrecarregados, precisamos estar unidos porque todas as nossas conquistas, sejam salariais ou de condições de trabalho, foram [obtidas] pelas lutas. Por isso agora é o momento de reagir. Parar um dia para não parar o resto da nossa vida funcional”, disse.

Ato unificado

Além da greve de 24 horas, os servidores federais, estaduais e municipais farão um ato presencial no dia 18 (quarta-feira), às 15h, na praça da República. A manifestação, que terá a participação de diversas entidades, também percorrerá ruas do centro da capital até a praça da Sé.

Estão previstos atos presenciais em outras cidades do estado, e que nos municípios da Região Metropolitana as manifestações acontecerão de manhã e os servidores poderão participar do protesto unificado na capital. Em Santos, o protesto já está marcado para a Praça Mauá, às 10h. O Sintrajud disponibilizará transporte para os colegas que queiram participar da manifestação em São Paulo.

Assim como nas manifestações contra o governo de Jair Bolsonaro, o Sindicato orienta a participação com os devidos cuidados sanitários, como uso de máscara do tipo N95 ou PFF2 e higienização constante das mãos com álcool gel. “Queremos convidar todo colega que tenha disponibilidade de participar. As manifestações respeitam as normas de segurança sanitária e estaremos distribuindo máscaras e álcool gel”, finalizou Tarcisio Ferreira, diretor do Sindicato e servidor do TRT-2.

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