SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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JJ - Edição 234 - 13/11/2005 - Página 9

4ª COPA DE FUTSAL


Deu Bororoska de novo

Pela terceira vez, equipe do TRF conquista o campeonato promovido
pelo Sintrajud com o objetivo de incentivar a congregação da categoria

No alto, o Bororoska campeão; acima, o vice Moleke Travesso; abaixo, os TREbalistas, em 3º e depois a torcida "campeã" do Moleke


Por Hélcio Duarte Filho

O Bororoska conquistou o terceiro título consecutivo nos campeonatos de futebol promovidos pelo departamento Sócio-Cultural do Sintrajud. Na final da 4ª Copa de Futsal, na qual duas equipes do TRF se enfrentaram, derrotou o Moleke Travesso por 4 a 3.
Mas o que faz a diferença a favor do Bororoska? Para Marcelo Lyra, artilheiro da equipe e da competição com 12 gols, é a garra. “O pessoal veste a camisa, o que não acontece em muitos times. Tem um pessoal bom de bola, mas não veste a camisa”, diz. Provocação com o Moleke Travesso? Garante que não. “Dos que participaram foi o que teve a melhor atuação, até porque eles fizeram um catado, nunca jogaram juntos”, diz.
A artilharia, revela, foi uma inédita surpresa em sua ‘carreira’ desportiva: “Foi mero acaso, por falta de jogador no time. Eu costumo jogar atrás e acabei jogando de pivô”.

Moleke festeja vice
“A zebra que deu certo”, nas palavras do representante da equipe, Marcos Viana, o rival Moleke Travesso comemora o vice-campeonato e o título de melhor torcida. E tenta explicar a derrota na decisão: faltou banco na final, jogadores para revezar em quadra – coisa que, segundo ele, é o forte do Bororoska. E aproveita para avisar que as portas do Moleke Travesso – nome que é homenagem ao Juventus – estão abertas para ‘contratações’.
Mas param aí as lamentações deste são-paulino da Moca, ‘desviado de função’ no TRF – o seu plano era ser jogador de futebol. Marcos vibra com o resultado obtido: “Foi maravilhoso, ganhamos o vice e a melhor torcida”. Profético, avisa que o próximo passo é o título: “Vamos fazer história no campeonato do Sintrajud”. Pode ser. Por enquanto, o dono da bola é o Bororoska.


4ª Copa de Futsal

Final

Bororoska (TRF) 4 x 3 Moleke Travesso (TRF)
Antonio Lestinge Jr., Marcelo Silva Lyra, Romero de S. Bento, Marcelo Neves, Antonio Rodrigues Da Silva Jr., Túlio F.Astoni, Tiago Santos Olian e Alessandro Tadeo B. Terzini.
Eliseu da Silva Trindade, Marcos A. Dantas Viana, Edson Aparecido Rodrigues, Willian Tadeu Zamariola, Marcelo Colen Nazello, Renato Ricieri Burin, Agnaldo de Sá Cardoso, Rafael Lins Magalhães e Getulio Pedroso.

3º Lugar
Bembolados (TRE) 5 X 7 TREbalistas (TRE)

Artilheiros:
Marcelo Lyra (Bororoska/TRF) 12 gols
Marcelo Neves “Supla” (Bororoska) 9 gols
Marcos de Souza (TREbalistas),
Lucas Eduardo Monseff (Agora Vai/Cível),
José Cláudio Santana Silva (TREbalistas),
Getulio Pedroso Ribeiro (Moleke Travesso/TRF) 6 gols
Agnaldo de Sa Cardoso (Moleke Travesso) 5 gols

Goleiros menos vazados
Tiago Santos Olian (Bororoska) com média de 2,8 gols por partida; Eliseu da Silva Trindade (Moleke Travesso/TRF), Gerson Ney França (TREbalistas) e Roberto Issao Naryoshi (Gabiloko/TRF).*

* Inicialmente, a taça de goleiro menos vazado foi entregue ao goleiro do Moleke Travesso, equipe que de fato menos gols tomou. No entanto, se o critério utilizado for a média de gols por partida, já aplicado em outros campeonatos, o goleiro do Bororoska é quem passa frente neste item. Tanto um como outro critério, no entanto, dá margem a dúvidas, pois nem todos goleiros aturam o tempo todo em todas as partidas. Diante do impasse e por sugestão do próprio goleiro do Moleke Travesso, o diretor do sindicato Eliseu Trindade, a organização decidiu conferir a Tiago, do Bororoska, o título de goleiro menos vazado.


Campeão critica critérios usados no evento

Artilheiro e campeão da 4ª Copa de Futsal, Marcelo Lyra aponta problemas neste campeonato. “A organização inicialmente foi boa, a intenção era boa, depois caiu de tal forma que deixou o campeonato fraco”, diz.
A principal crítica, sinaliza, é para o critério que só permitia a participação, no caso de servidores efetivos, de sindicalizados. Cada equipe podia ainda contar com três terceirizados, estagiários ou requisitados.
Para Marcelo, associado ao Sintrajud há cinco anos, a restrição foi um erro: “Teria mais times e poderia até ser que o sindicato conseguisse, divulgando o seu trabalho, trazer sindicalizados”.
Marcos Viana, do Moleke Travesso, vê a questão por outro ângulo. “Mesmo com só sete equipes foi um sucesso. Poderia ser melhor, não por culpa do sindicato, mas falta um pouco de conscientização de que as pessoas têm que ser sindicalizadas”, diz. No entanto, ele ressalta a importância dos terceirizados e defende uma proposta intermediária para os próximos campeonatos.
Diretor do sindicato que acompanhou a atividade e goleiro do Moleke Travesso, Eliseu Trindade diz que “tudo tem que ser discutido” e que a intenção é no próximo campeonato formar com antecedência uma comissão para discutir os critérios. “Vamos chamar todos os que gostam de futebol, essa já era a idéia para esse mas acabamos não conseguindo”, informa.