SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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JJ - Edição 228 - 24/11/2005 - Página 5

MOBILIZAÇÃO DO DIA 19


‘Abraço’ ao TRF-3 cobra administrações dos tribunais

Tribunais ignoram reivindicações dos servidores
* Sindicato vai procurar administrações para cobrar
negociação em torno das pautas específicas

Servidores abraçam o TRT-3, ao final da mobilização do dia 19

Ao final do ato-assembléia, na quarta-feira 19, os servidores “abraçaram” o prédio do Tribunal Regional Federal. A manifestação cobrou, além da aprovação do PCS-3, que a presidenta Diva Malerbi receba o sindicato e aceite iniciar um processo de negociações efetivas em torno das reivindicações específicas da categoria, como a integralização do pagamento da incorporação dos quintos para quem ocupou função comissionada entre dezembro de 1998 e 4 de setembro de 2001, melhores condições de trabalho, e outros pontos.
O ato simbólico também faz referência ao que ocorre hoje no TRT-2, TRT-15 e no TRE, tribunais cujas administrações ignoram demandas dos servidores e se recusam a abrir um canal de negociações objetivas. No TRT-2 e no TRE, as administrações nem sequer atenderam aos pedidos de liberação de servidores que estão na direção do sindicato para exercer atividades sindicais, como prevê a legislação.
Na Justiça Eleitoral, os aposentados até hoje não receberam o total dos valores referentes ao retroativo dos 11,98%.
Nos próximos dias a direção do sindicato vai procurar as administrações dos tribunais para cobrar o atendimento às reivindicações específicas.


Reunião ampliada da Fenajufe indica construção da greve

Mas não foi apontada data para início da paralisação;
Nova reunião acontece dia 13

Abraço ao TRF, em São Paulo

Três dias após os mais fortes protestos nacionais desta campanha salarial, representantes dos sindicatos dos servidores do Judiciário Federal apontaram a necessidade de fortalecer a mobilização para construir a greve por tempo indeterminado da categoria.
Mas a reunião ampliada da federação nacional (Fenajufe), realizada no sábado 22, em Brasília, não apontou data para o início da greve pela aprovação da revisão do Plano de Cargos e Salários. Dois sindicatos, o Sintrajud de São Paulo e o do Rio Grande do Sul, levaram para reunião indicativo de paralisação por tempo indeterminado a partir da segunda quinzena de novembro, aprovado em suas assembléias gerais. Nova reunião nacional foi marcada para o dia 13 de novembro, também em Brasília.
O calendário aprovado prevê ainda que, de 3 a 11 de novembro, haverá rodada de assembléias nos estados. No dia 8 devem acontecer atos, assembléias, panfletagens, abordagem de parlamentares nos aeroportos e paralisação de duas horas no Ministério Público da União.
Os representantes do Sintrajud na reunião defenderam o indicativo de greve e alertaram para necessidade de aumentar a pressão para forçar a tramitação do projeto na Câmara e no Senado. Foi ressaltado por eles que o projeto hoje se encontra parado e que, sem mobilização, não haverá avanços este ano.
Para a direção do Sintrajud, o retorno do projeto ao Conselho Nacional de Justiça, mais do que uma formalidade, deve ser visto como uma medida protelatória que retardará a tramitação da proposta. O que só reforça a necessidade de construir de fato a greve. As assembléias em São Paulo ainda serão marcadas pela direção do sindicato.


Terceirizados param por salário

No dia 14 de outubro, trabalhadores terceirizados do Administrativo do TRF-3 e do Fórum Criminal (Torre Beta) fizeram uma paralisação contra as péssimas condições de trabalho impostas pela empresa contratante - a Dima Construções e Serviços.
Diretores do Sintrajud que acompanharam a movimentação foram informados que os salários (em torno de 300 reais) estavam atrasados pelo segundo mês consecutivo.
O Nuop (órgão responsável pelos serviços terceirizados da primeira instância) informou ao sindicato que será aberto processo de penalização contra a empresa, o que pode levar até ao cancelamento do contrato. A gerência da empresa negou as denúncias e disse que os pagamentos foram regularizados.
O Sintrajud apóia a luta dos tercerizados.