SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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JJ - Edição 228 - 24/11/2005 - Página 4

MOBILIZAÇÃO PELO PCS


Judiciário em SP indica greve para novembro

Assembléia realizada em meio à paralisação e ato aprova
construir greve para 2ª quinzena de novembro
* Luta pela aprovação, com mudanças, do PCS teve atos e paralisações
na capital, no interior e em outros estados
Concentração nas escadas do Fórum da JT na Barra Funda
Servidores no ato no Fórum Pedro Lessa da JF, na av. paulista
Recado avisa sobre a paralisação em uma das varas do fórum

Servidores do Judiciário Federal em São Paulo realizaram, na quarta-feira 19, uma importante paralisação exigindo que seja aprovado o projeto de lei que revisa o Plano de Cargos de Salários da categoria (PCS-3). Funcionários dos fóruns administrativo da Justiça Federal, Previdenciário, de Execuções Fiscais e da Justiça do Trabalho da Barra Funda tiveram uma participação significativa na paralisação de 24 horas. Também cruzaram os braços durante todo o dia os trabalhadores dos fóruns da Justiça Federal de Guaratinguetá (100%), Marília (100%) e Santos (80%).
Na JF/São José do Rio Preto, 80% dos servidores aderiram à paralisação de uma hora, das 15 às 16 horas, e fizeram uma manifestação com direito a distribuição de cachorros quentes contra a “cachorrada” que o governo federal vem fazendo com os trabalhadores.
Na Justiça do Trabalho de Campinas houve um ato em frente ao Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região.
Servidores de todos os tribunais decidiram, durante assembléia geral, aprovar o indicativo de construção da greve por tempo indeterminado para a segunda quinzena de novembro. O objetivo é acelerar a tramitação do PL 5.845/05 e garantir a aprovação do PCS, com paridade e isonomia entre ativos e aposentados, ainda este ano. O indicativo de greve foi encaminhado à reunião ampliada da federação nacional (Fenajufe), em Brasília, que aprovou a preparação da greve, mas não sinalizou data para seu início (ver texto aqui).

A paralisação na JF Execuções Fiscais
Servidores aposentados no ato na Paulista
O diretor do Sintrajud Luis Carlos no ato na JF

Uma delegação do fórum de Guaratinguetá participou da assembléia, que ocorreu em frente ao TRF, na av. Paulista.
O dia de luta teve atos e paralisações em outros estados do país, como Rio Grande do Sul, que também aprovou indicativo de greve para novembro, Rio de Janeiro, Bahia, Maranhão, Pará e Brasília. Na capital federal, os servidores fizeram um protesto em frente ao Supremo Tribunal Federal.

Greve na JF Santos

Nos próximos dias a direção do sindicato vai procurar os deputados de São Paulo que integram a Comissão de Trabalho da Câmara para defender o PCS.
Já na sexta-feira, dia 21 de outubro, os dirigentes do sindicato conversaram com o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), que prometeu votar a favor do projeto do PCS-3 na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara, da qual é membro. O senador Romeu Tuma (PFL/SP), também abordado, disse que apoiará o projeto quando o texto chegar ao Senado.


OPINIÃO DO SERVIDOR


O que é necessário para aprovar o PCS-3 ainda este ano?

‘Acumular na luta’
“A categoria tem que ser mais consciente sobre o governo do PT. Antes da reforma da Previdência, a categoria era muito petista e, depois, felizmente quebrou esse vínculo. Agora, tem que se unir. São interessantes essas paralisações temporárias, de um dia, de 48 horas, para acumular na luta”.
César Ribeiro, da 67ª Vara Trabalhista da Barra Funda

‘Sem medo’
“Ainda está meio fraca [a mobilização], deveria ser mais maciça. Precisamos de mais paralisações, daquele trabalho de mobilização e paralisar mais que 24 horas. Tem muita gente nova e o pessoal tem medo. Não podemos ter medo. Eu mesma sou secretária de audiências, mas estou aqui. Até porque verba não é salário”.
Valéria Benbayda, da 31ª V. Trabalhista da Barra Funda

‘Continuar a pressão’
“É necessário continuar pressionando e fazendo paralisações. Também temos que ter mais união da categoria com um efetivo maior nas paralisações”.
Enaide de Sousa, da Div. da Folha de Pagamento do TRF-3

‘Só com luta’
“O que precisa é uma maior conscientização. Na verdade nós conquistamos através da luta. Se não conseguirmos ganhar o que nos cabe, com certeza essa verba vai ser destinada a outras questões que não têm haver com nossos interesses”.
Onésimo de Sousa, da 11ª V. do Fórum de Execuções Fiscais

‘Mobilizar pela paridade’
“Temos que engrossar a mobilização para que não seja quebrada a paridade entre todos, ativos e aposentados. A luta é de todos”.
Ana Fevereiro, diretora do Sintrajud e aposentada do TRE.

‘Mais adesão’
“O movimento começou muito bom, mas pela quantidade de pessoas que tem aqui e a quantidade de funcionários precisa de uma adesão maior. Mas já é um bom começo e a gente tem condições de arrancar o PCS esse ano ainda”.
Mauro de Almeida Borges, da 7ª Vara Previdenciária

‘Parar o interior’
“Em São José [os servidores] estão solidários e mobilizados, prontos para uma paralisação maior. Em Taubaté, é uma vara só mas não quiseram paralisar hoje. Guará está aqui. Espero que isso seja também um incentivo para que todos os fóruns do interior parem. É isso que engrossa a massa e fortalece a luta”
‘Teka’ Rahme Barros Ladário, da JF/Guaratinguetá e diretora de base.

‘Fazer mais’
“Não acreditamos que o Congresso do ‘mensalão’ e da corrupção vá se sensibilizar com paralisações parciais como fizemos até agora. É uma forma importante de advertência, mas vamos ter que fazer mais. Foi assim no PCS-1 e no PCS-2".
Ana Luiza de Figueiredo Gomes, do TRF-3 e diretora do Sintrajud e da Fenajufe