SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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JJ - Edição 222 - 06/09/2005 - Página 7

OPINIÃO - CINEMA


2 Filhos de Francisco

Welington Liberato

Francisco (Ângelo Antônio) e Helena (Dira Paes) com
os sete “filhos de Francisco”. No detalhe, Francisco ouve rádio.

Coube ao destino que os dois filhos de Francisco se tornassem cantores famosos. Coube ao destino que a história deles se tornasse um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos e o melhor filme dos cinqüenta que vi este ano, seja brasileiro ou estrangeiro. Não curto música sertaneja e a única canção que conhecia de Zezé de Camargo e Luciano era “É o amor”, por motivos óbvios.
Quais as razões para que tudo dê certo nesse filme? Uma boa história, rica em eventos tristes e engraçados, reviravoltas e final feliz. Um roteiro econômico e eficaz, que empurra a história para frente, com diálogos bem escritos, naturais. Uma direção sensível, sutil, em que os fatos mostrados nunca soam forçados ou artificiais. Interpretações inspiradíssimas, ótima escolha de elenco, com Ângelo Antônio em estado de graça, Dira Paes, idem; os meninos Mirosmar (Dablio Moreira) e Emival (Marcos Henrique) absolutamente irrepreensíveis, encantadores, numa química perfeita; José Dumont com seu show habitual, Jackson Antunes numa aparição solar. A trilha sonora, muito bem usada, concatenando bem cena e música. A cenografia realista. A fotografia, bonita sem ser estetizante. A edição, um show a parte.
O filme conquista já na primeira cena, uma das mais bonitas (e há pelo menos quatro antólógicas, dessas para entrar na história da cinematografia nacional). Somos introduzidos à família de Seu Chico (Ângelo Antônio) e Helena (Dira Paes), um casal que representa milhões de brasileiros que lutam a luta diária pela sobrevivência, dependendo só deles. Ela dá à luz sete filhos e os cria com dificuldades. Antônio, apaixonado por música, vê na possibilidade de tornar os dois filhos mais velhos em dupla caipira a saída para uma vida melhor, para não virarem lavrador como ele. Mirosmar compra o sonho do pai.
Sem nunca resvalar para clichês ou para o melodrama, o filme comove e faz rir. Breno Silveira acerta já em seu primeiro filme, revela um talento grandioso, na linha de Walter Salles, misturando documental com ficção. Na película, um pouco da alma única do povo brasileiro, otimista e nobre apesar da vida dura, das barreiras, dos percalços. É uma obra que, sem ofender a inteligência ou golpes baixos, dialoga com o público.
Posso estar exagerando, mas prevejo um sucesso internacional à vista, inclusive possibilidades de Oscar de filme estrangeiro, se for o candidato escolhido. Poucos filmes conseguem ser ao mesmo tempo artísticos, populares e comerciais. Breno Siveira conseguiu um feito raro. Como ele, as roteiristas Carolina Kotscho e Patrícia Andrade são estreantes na sétima arte, o que demonstra que há muitos talentos perdidos por aí. O cinema brasileiro se redime dos filmes ruins e apagados que estrearam este ano.

Welington Liberato é servidor do TRE.


CULTURAL


Amor à primeira dança

No curso de Dança de Salão do sindicato associados aprendem a
dançar, fazem novas amizades e, às vezes, encontra até o grande amor...

Débora e Weber no aniversário de um ano de Guilherme: encontro nas aulas de dança

Todos os sábados servidores do Judiciário dançam samba, rock, bolero, forró, salsa e aproveitam para conversar e fazer novas amizades. Entre um passo e outro já saiu até casamento. Weber Ribeiro Silva e Débora Duda Rocha se conheceram há cerca de dois anos no curso de Dança de Salão do sindicato. Ele é servidor do TRT-2, ela fazia as aulas como convidada de uma amiga servidora do Judiciário. Juntos desde a primeira dança – “um forrózinho bem gostoso”, como definiu Weber –, dessa união nasceu Guilherme, hoje com um ano e quatro meses. O casal continua dançando esporadicamente e faz planos de voltar o mais rápido possível. Só esperam Guilerme crescer um pouquinho.
Weber, que dançava muito mal antes de fazer as aulas, agora encara qualquer ritmo e recomenda as aulas a seus colegas. “Além de ser uma atividade saudável, você acaba conhecendo pessoas de outros tribunais, cria amizades, aprende outros ritmos”.
As aulas ocorrem aos sábados das 14h30 às 16h, com os professores Paulo e Egle, no auditório do sindicato (Rua Antonio de Godoy, 88 - 2º andar). Para participar é só comparecer no horário da aula.

por Adriana Delorenzo


Reunião prepara campeonato de Futebol do Sintrajud

Atenção interessados em participar do Campeonato de Futebol de Salão, promovido pelo sindicato, participe da reunião de planejamento na teça-feira, dia 13 de setembro, às 19h30, no 2o andar do sindicato (R. Antonio de Godoy, 88).