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A assembléia geral realizada no dia 10 de novembro, no sindicato, aprovou por maioria a prestação de contas do Sintrajud apresentada pela diretoria referente ao ano 2000. A aprovação seguiu o parecer unânime do Conselho Fiscal eleito pela categoria.
A assembléia foi convocada em pelo menos três edições do Jornal do Judiciário. A diretoria do sindicato procurou fazer dela um momento de análise efetiva das contas e de balanço financeiro e político da entidade.
O debate em torno das contas do ano 2000 foi acompanhado da análise das lutas da categoria travadas no mesmo ano. O diretor do sindicato José Carlos Sanches leu um relatório com as muitas atividades desenvolvidas no período.
Nesse aspecto, o Sintrajud alcançou seu objetivo: investiu pesado nas mobilizações do ano 2000 e, ao mesmo tempo, terminou o período com reservas que totalizam cerca 700 mil reais, guardados em fundos de mobilização, administração e para compra de uma nova sede (fundos estes definidos nos fóruns da categoria).
Foram greves, protestos, vigílias, paralisações, caravanas a Brasília, participação em audiências em todos os tribunais, reuniões do Conselho de Base e, como ninguém é de ferro, Mostra de Artes, torneio de futebol e Festa do Chopp.
Não há espaço para listar todas as atividades desenvolvidas pelo sindicato no ano 2000. Mas pode-se destacar, no primeiro semestre, a luta contra o aumento da jornada de trabalho na Eleitoral, a greve do funcionalismo (que deu origem à comissão do PCS), a paralisação que se opôs ao corte do auxílio-alimentação no TRT da 2ª Região e a audiência pública no mesmo tribunal no início do ano, quando a administração se comprometeu a pagar a correção monetária. No segundo semestre, o destaque fica por conta da vitoriosa greve dos servidores do TRE, que conquistou definitivamente a incorporação dos 11,98%.
No balanço final, a assembléia geral aprovou não só as contas, como reafirmou o perfil sindical combativo, classista e voltado para as lutas e mobilizações pelas reivindicações dos servidores.
O balanço financeiro do ano 2000 foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Fiscal, composto pelos servidores Airton de Oliveira Raz - JF/Central de mandados, Elcian Granado - JF/Piracicaba, José Fernando Rodrigues - TRF, Carlos Messias de Oliveira - Aposentado/TRE, todos eleitos pela categoria.
Antes da assembléia, por três dias o escritório de contabilidade que presta serviços ao sindicato esteve à disposição de associados, na sede da entidade, para esclarecer dúvidas sobre o balanço.
As contas do sindicato foram auditadas pela empresa independente Asteca, que confirmou a lisura da contabilidade da entidade.
A decisão de contratar uma auditoria foi tomada pela direção do sindicato em sua primeira reunião, assim que tomou posse. O objetivo foi o de tornar mais transparente a administração da entidade.
Na assembléia, por iniciativa da diretoria, foi levantado um problema detectado no fechamento do caixa destinado a despesas cotidianas do sindicato no ano 2000, que teve uma diferença negativa de 15 mil reais.
Segundo constatou a diretoria, essa diferença resultou de erros de conferência por parte das funcionárias do sindicato encarregadas do setor. Em função disso, a diretoria propôs a reposição do dinheiro pelas funcionárias, o que já está sendo feito.
O Conselho Fiscal considerou corretos os procedimentos adotados com relação ao problema. E apresentou a assembléia seu relatório que concluiu o seguinte: "Com base no relatório de auditoria e tendo conhecimento das contas contábeis apresentadas pela Sra. Pascoalina, gerente-administrativa, aprovamos o balanço financeiro de 2000." A assembléia decidiu então votar e aprovou as contas do sindicato.
A assembléia também referendou a proposta orçamentária para o ano 2002 (tanto esta proposta quanto o balanço do ano 2000 encontram-se na versão digital do Jornal do Judiciário nº 73, na página do sindicato na internet (www.sintrajud.org.br). No congresso do Sintrajud que acontecerá em março, a previsão orçamentária de 2002 e as melhores formas de utilização de finanças da entidade serão pontos de pauta com o objetivo de envolver o conjunto da categoria no fortalecimento do sindicato.
A assembléia recusou por ampla maioria a tentativa de uma associada representar por procuração outros cinco servidores. Ela defendeu o direito de votar por eles, que não compareceram à assembléia, o que faria com que seu voto valesse por seis.
A servidora afirmou que vai recorrer judicialmente contra a decisão, no que foi criticada pela assembléia.
Há um princípio no movimento sindical de respeitar os fóruns deliberativos das categorias. Não há precedentes conhecidos na história sindical de associado que tenha votado por procuração em assembléia ou em eleição. O estatuto do Sintrajud diz que as prerrogativas políticas do associado são individuais e intransferíveis.
Na última edição do Jornal do Judiciário foi publicada, na página 7, notícia do falecimento do servidor Guilherme Ricardo Nogueira França, de Santos. A equipe do jornal pede desculpas aos colegas de trabalho e familiares de Guilherme pela informação errada de que ele foi servidor da Justiça do Trabalho. Na verdade, Guilherme foi servidor da Justiça Federal em Santos, membro da última diretoria do Sinjusfem (antigo sindicato dos servidores da JF/TRF) e sócio fundador do Sintrajud. Na quarta-feira passada (14), os servidores da JF/Santos organizaram uma missa em memória do servidor.
