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Marcos Valérios, Delúbios, malas e cuecas abarrotadas de ‘dinheiro’ tomaram conta da avenida Paulista na tarde da quinta-feira 15. Na crise que começou nos Correios e já está no bandejão, passando por mensalões, mensalinhos e cuecas, o que não faltam são personagens a serem satirizados nas ruas.
O ato reuniu cerca de cinco mil manifestantes, muitos ‘fantasiados’ pela crise política que já se estende por três meses. A manifestação organizada pela Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas), Sintrajud e outras entidades, parte de uma jornada de protestos nos estados, saiu às 16 horas do Masp, percorreu as avenidas Paulista e Consolação e terminou, já noite, na praça Ramos, em frente ao Teatro Municipal. “Se não ocupar as ruas, toda esta crise vai acabar em pizza”, diz o servidor Pedro Luiz Paulino, que participou usando uma máscara do presidente Lula e carregando um ‘varal’ com malas, cuecas e ‘dinheiro’.
A passeata transcorreu sob o embalo do samba trazido por metalúrgicos de São José dos Campos. “É a maior roubalheira da história da nação/no dinheiro do povão todo mundo mete a mão”, diz trecho da letra. Na música e nos discursos, duros ataques ao presidente Lula, tanto pelas denúncias de corrupção quanto pela política econômica e reformas adotadas pelo governo.
O metalúrgico José Maria de Almeida, da direção da Conlutas, defendeu a unidade dos setores que querem construir uma alternativa dos trabalhadores para crise. “A CUT e a UNE viraram as costas para a classe trabalhadora”, disse no ato de encerramento da manifestação, do alto do carro de som, onde uma faixa dizia que “está nascendo uma nova direção”.
O Jornal do Judiciário conversou com estudantes que participava
‘Congresso corrupto’
“Se a CPI se restringir ao parlamento vai, mas se houver movimento de massas, dos trabalhadores e da juventude não. Todo o Congresso é corrupto, estão rifando o Severino para desviar atenções e não deixar chegar no Lula. O movimento de massas tem que tirar quem está ali e construir um governo dos trabalhadores”
Carlos Eduardo Batista.
‘Mudança’
“Enquanto não sairmos desse sistema não vai haver progresso e fim da corrupção. Enquanto o povo não se unir em favor dessa mudança não vai adiantar um partido ser contra e outro a favor porque vão significar a mesma direita”
Juliana Meduri, PUC.
‘Lutar’
“Acho que se o povo todo lutar vai dar em alguma coisa”
Stefany dos Santos Batista, secundarista.
Nas articulações de um ‘acordão’ para pôr fim à crise política, já há quem fale em apenas três deputados cassados. Enquanto isso, o Supremo Tribunal Federal concede liminares que travam os processos contra os parlamentares que estão com a cabeça a prêmio. É absurdamente curioso o que ocorre: estes parlamentares fizeram de tudo para não depor nas CPIs e agora alegam que não podem ser cassados porque não foram ouvidos.
E as dezenas de deputados do PL e PP e quem sabe de outros partidos que provavelmente receberam a redistribuição dos milhões sacados por seus líderes partidários das contas do empresário Marcos Valério? Vai ficar nisso mesmo?
Enfim, a pizza está pronta. O que se discute nos corredores do poder em Brasília é o tamanho dela. Só o povo nas ruas pode evitar este conchavo de quadrilhas.
Na matéria sobre a vitória das bibliotecárias do TRF-3 publicada na edição 222, divulgamos erroneamente que a servidora Giselle Maria Carneiro Barros havia reassumido a chefia da divisão. Na verdade, assumiu a chefia foi Sueli da Silva Cripa. Giselle segue trabalhando na Biblioteca, mas não na direção da divisão.
Atenção amantes de Futebol, estão abertas as inscrições para o 4o Torneio de Futebol de Salão de 2005 até o dia 7 de outubro. O campeonato, promovido pelo Sintrajud, começará no dia 14 de outubro. Monte seu time e entre em contato com a funcionária Telma do Departamento Sociocultural para fazer a inscrição pelo telefone (11) 222-5833 ou aqui.
