O clima foi de descontração. A indumentária, à vontade. Tudo combinando com o calor que fez naquela noite em São Paulo e com a tradição dos templos das escolas de samba.
A 5ª Festa do Chopp do Sintrajud reuniu cerca de mil pessoas na quadra Rosas de Ouro, na Freguesia do Ó, no dia 7.
Sim, nas primeiras horas quentes havia fila para beber aquele líquido que dá nome à festa. Depois, ela cessou e o chopp ficou mais gelado. Mas o contratempo não minou a animação de ninguém. Ou quase ninguém. Nem mesmo quando, a 1h18 da madruga, tomamos um susto: acabou o chope? Calma. Foram somente 5 minutos, necessários para que o bar fosse reabastecido com novos barris. Tempo curto para que suscitasse críticas, suficiente para que a galera mais animada batesse canecas. Tudo em clima de festa. Sem estresse. Àquela altura, mil litros já haviam evaporado.
Por quase toda noite, a banda Saigon fez um passeio por ritmos musicais. Teve, entre outros, o pout-pourri para o roqueiro Elvis, forró universitário, tempo para animada quadrilha lembrar as festas juninas e, para felicidade de uns e lamento de outros, aquele pagode que há muito perdeu as raízes que o ligavam à tradição do samba.
Houve quem dançasse todas as danças. Outros apenas observavam das mesas espalhadas pela quadra. Mas quem ficou até as 3 da manhã não resistiu. Caiu, feliz, no samba, animado pela bateria da Rosas de Ouro. No repertório, além do enredo de 2002 da escola, sambas que marcaram o carnaval carioca. Pena que a apresentação se encerrou ao som da Globeleza.
"Superlegal e muito bem organizada. É bom que reúne o pessoal dos tribunais", assim definiu a festa a servidora Márcia Maria, do TRF, que esteve em três das cinco que já aconteceram.
Para lamento de quem ainda sambava, perto das 4 da manhã a festa terminou. Bem antes disso, brindes foram sorteados e a diretoria do sindicato deu um rápido recado. "É um prazer estar aqui com vocês", saudou a diretora Tânia Cristina, passando a palavra à também diretora Carmen Dora: "Este foi um ano de muitas lutas e vitórias, esperamos que no próximo ano essas conquistas se materializem para nossa felicidade". Simples e direto como a festa exigia. Festa que teve na descontração o seu ponto mais forte. Ano que vem tem mais. (por Hélcio Duarte Filho).