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Em época de guerra o capitalismo costuma revelar talvez as suas mais cruéis facetas. Enquanto bombas explodem no Afeganistão, levando à morte centenas ou milhares de civis sob o argumento do combate ao terrorismo, empresários tratam de faturar.
A indústria bélica deve estar rindo à toa, assim como a farmacêutica encarregada de produzir vacinas e antibióticos para a ameaça biológica.
Não há subterfúgios capazes de esconder a dor e o sofrimento provocado diretamente pelas milhares de bombas lançadas sobre o solo do Oriente Médio (sem alarde, a imprensa divulgou que certas bombas, e muitas delas não explodem ao cair, possuem embalagens idênticas aos pacotes de alimentos também despejados sob pretensa caridade).
Mas o que talvez passe despercebido da maioria é o custo social oriundo da prioridade dada à produção de bombas e armas. Enquanto mais de um bilhão de seres humanos passam fome todos os dias, enquanto a maior parte do planeta vive sem saneamento básico, enquanto milhões de crianças deixam de completar o primeiro ano de vida para engrossar as estatísticas da mortalidade infantil, o mundo capitalista investe fortuna incalculável nas armas de guerra.
A mesma elite que tem arrepios quando ouve falar em suspensão do pagamento das dívidas públicas, taxando os que assim pensam de caloteiros e imorais, sente-se à vontade em defender que parcela considerável das riquezas produzidas pelo homem seja queimada em ações sangrentas como as de agora no Afeganistão.
Mas as cenas observadas imediatamente após o atentado terrorista em Nova Iorque também evidenciaram outra característica do capitalismo: cortar mão-de-obra sempre que está sob ameaça de redução de suas margens de lucro.
É estarrecedor saber que a aviação norte-americana demitiu dezenas de milhares de trabalhadores apenas dois dias depois da explosão das torres do World Trade Center. No que foi seguida pela Varig, que fez cerca de 1.800 demissões. E logo após pela Embraer, que ceifou quase dois mil postos de trabalho. Tanto o governo dos EUA, quanto o do Brasil, liberaram recursos para as empresas supostamente afetadas. Poucos sabem que o sucesso da Embraer, indústria da aviação privatizada recentemente sob a lógica do "deus mercado", é movido a boa dose de subsídio oficial. Em momento algum, os governantes condicionam esses incentivos com dinheiro público à manutenção dos postos de trabalho.
Lágrimas e sangue não emocionam e nem abalam as veias frias do capitalismo, que sem alarde aplica sua outra forma de terror.
30 de outubro - Assembléia Setorial do TRT, no saguão da Alfredo Issa, às 16h.
31 de outubro - Reunião do Fórum de Direitos Humanos, na Câmara de SP, às 9h.
31 a 1º de novembro - Encontro Est. de Saúde do Trabalhador, na CUT, ás 9h.
07 a 09 de novembro - Plenária estadual da CUT.
10 de novembro - Assembléia Geral no Sindicato, ás 14h.
11 de novembro - Reunião de Diretoria Plena, no Sindicato.
26 de outubro - Abertura da 2ª Mostra de Artes do Sintrajud.
25 de outubro - Dia nacional de Luta em Defesa dos Serviços Públicos. Em São Paulo houve ato unificado no TRE.
- Reunião do Núcleo dos Of. de Justiça.
Os Coordenadores Gerais do SINTRAJUD - Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo, CONVOCAM os associados para:
Dia: 10 de novembro de 2001
Hora: 14h (1ª Convocação) e às 14h 30 (2ª Conv.)
Local: R. Antonio de Godoy nº 88/5º - SP/SP.
Pauta:
a) Alteração Estatutária - art. 4º (base territorial);
b) Autorização de CONSOLIDAÇÃO das alterações estatutárias,
c) Aprovação do Regimento do 3º Congresso do SINTRAJUD,
d) Aprovação BALANÇO DO EXERCÍCIO DE 2000 e
e) Aprovação PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA P/ EXERCÍCIO DE 2002.
São Paulo, 26 de outubro de 2001
Adilson Rodrigues Santos, José Carlos Sanches e Tânia Cristina Santos Figueiredo.
A coluna Cotidiano foi criada para dar vazão a uma série de denúncias dos servidores sobre atos arbitrários das chefias, falta de condições de trabalho e outros assuntos do dia-a-dia no Judiciário. Se você tem alguma denúncia, entre em contato pelo telefone (11) 222-5833.
Mais uma vez o TRT da 2ª deixou de lado os aposentados no pagamento do retroativo dos 11,98%. Este mês foram pagos 20% do valor total referente ao ano 2000 para os servidores ativos e nada para os aposentados, que ainda têm a receber a correção monetária relativa a 1996. No TRE também houve desrespeito ao princípio da isonomia. Apenas os servidores aposentados por invalidez e pensionistas receberam o retroativo referente aos meses de abril a outubro de 2000. Os aposentados do TRE ainda esperam o pagamento do retroativo de março de 1994 a março de 2000. Os servidores ativos receberam o percentual de agosto de 1999 a outubro de 2000, quando houve a incorporação.
O TRT da 15ª região vai incorporar os décimos aos quais os servidores têm direito reconhecido há mais de um ano. A partir de novembro o valor deve estar nos salários.
Alguns setores do TRF 3ª Região e da Justiça Federal determinaram desde já o início da compensação dos dias parados na última greve. A orientação se conflita com a política de racionamento de energia do tribunal, com servidores trabalhando após as 19 horas. O fato vai contra a própria orientação da Presidência do TRF, que adiou quaisquer compensações. O sindicato pediu abono dos dias e o pedido, até o fechamento desta edição, não havia sido discutido no Conselho de Administração da 3ª Região.
Esta coluna informou na edição retrasada que o sindicato havia recebido denúncias de que alguns diretores de secretarias da Justiça Federal no interior estariam colocando parentes para cobrir férias de servidores. O sindicato pediu audiência com a corregedora-geral, desembargadora Diva Malerbi, para esclarecer a questão desde semana passada. No entanto, o pedido ainda não foi respondido. O sindicato vai reiterar a solicitação.
Baseado numa portaria da diretoria geral que proíbe a comercialização dentro das dependências do prédio, a portaria do TRE está impedindo a entrada de entregadores de lanches e refeições. Os servidores, que têm 15 minutos de horário para lanche, são obrigados a descer até a portaria para pegar a comida. Mais da metade do horário destinado ao lanche é perdido na espera dos elevadores.
Diretores de base do TRE estiveram com o presidente do tribunal, José Carlos Viseu Júnior, no dia 23 último para cobrar informações sobre o pagamento do saldo retroativo dos 11,98% e a extensão da progressão extraordinária (arrastão). Além de dizer que não tem previsão para a URV e que é contra o arrastão, Viseu disse que "o papel do sindicato é criar problemas". Dois dias depois, no ato em frente ao tribunal, um servidor deu o troco: "o papel do sindicato é resolver os problemas criados pelas más administrações".
