Delegadas e delegados de todas as teses e chapas participantes do 12º Congrejufe votam o calendário de mobilização rumo à greve pelo PCCS (Foto: Joca Duarte).
Leques, faixas, cartazes, palavras de ordem e dezenas de intervenções de representantes do Coletivo LutaFenajufe — do qual o Sintrajud e a maior parte da delegação de São Paulo fazem parte — defenderamdesde o início do congresso da Fenajufe a necessidade de construir uma greve para pressionar o avanço da tramitação do projeto de reestruturação da carreira aprovado pela categoria nas Plenárias Nacionais de Belém (novembro/2022) e Natal (maio/2024). No início da noite desta quinta-feira (30), por unanimidade as delegadas e delegados ao 12º Congrejufe aprovaram uma agenda de lutas que tem como ponto alto o indicativo de uma greve nacional pelo PCCS com início na semana do dia 30 de junho, visando incidir na aprovação de Lei Orgânica Orçamentária para 2026.
Após dez anos sem uma mobilização de caráter nacional e com o comprometimento de todos os grupos políticos que atuam na categoria, a decisão foi anunciada como histórica pela própria coordenação da mesa de trabalhos.
O Coletivo LutaFenajufe teve a construção da greve como seu principal tema de debate ao longo de toda a preparação e atividades do Congrejufe. Na avaliação da coordenação do movimento de oposição nacional à ala majoritária na diretoria da Federação, a mobilização unificada da categoria já se mostrou como a única ferramenta para impor a aprovação de planos de cargos e salários. Foi assim em 1996 (PCS-1), 2002 (PCS-2), 2006 (PCS-3) e 2015 (Lei 13.317/2016). E desde então a categoria não alcançou ganhos significativos, ficando sete anos com os vencimentos congelados durante o governo Bolsonaro e conquistando um reajuste de 19,25% em 2022 que foi importante para diminuir o sufoco, mas ficou distante de cobrir as perdas acumuladas.
Agora, é tarefa das delegadas e delegados, observadoras e observadores, e especialmente da direção executiva eleita neste congresso, colocar todos os esforços a serviço do diálogo com as trabalhadoras e os trabalhadores nos locais de trabalho de todo o país, organizar reuniões e assembleias locais, debater os detalhes dos ganhos que o PCCS pode trazer para a categoria. A retomada da sobreposição das tabelas, o auxílio-nutrição para aposentados/as e pensionistas, o índice de recomposição das perdas, as políticas de valorização da carreira voltam a ser dever de casa para todas e todos participantes do Congresso.
O Coletivo Luta Fenajufe estará na linha de frente da construção da greve.
A diretoria do Sintrajud saúda toda a delegação do estado de São Paulo, que compareceu ao congresso e vem construindo a mobilização unificada para defender os direitos da categoria.
07 de maio – Mobilização nacional em defesa da competência da Justiça do Trabalho
26 de maio – Pressão no CSJT por isonomia na ditribuição dos recursos orçamentários para a assistência em saúde de magistrados/as e servidores/as (a data foi antecipada para 23 de maio por causa da antecipação do julgamento no Conselho)
28 de maio – Dia nacional de paralisação e mobilização nos estados
07 de junho – Reunião do Conselho Deliberativo de Entidades filiadas à Fenajufe (CDE) para avaliar a mobilização
09 a 13 de junho – Rodada nacional de assembleias nos estados
30 de junho a 04 de julho – Indicativo de GREVE NACIONAL pelo PCCS