TRT-2: Servidores e magistrados defendem que creche é direito fundamental


10/10/2019 - Shuellen Peixoto

Fotos: Claudio Cammarota

 

Mais uma vez a fofura das crianças tomou conta do átrio do Fórum Trabalhista Ruy Barbosa no ato em defesa da manutenção da creche na tarde desta quinta-feira, 10 de outubro. Com o lema “creche fica, nenhuma criança a menos”, o protesto teve a presença de servidoras, servidores e juízes do trabalho, além, é claro, dos manifestantes mirins.

Os participantes destacaram o avanço da criação de uma comissão para estudar alternativas que garantam a manutenção do berçário, que funciona desde 1990 e hoje atende crianças de até 24 meses. A proposta foi discutida na audiência com a presidente do TRT-2, desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, e representantes do Sintrajud e da Associação dos Servidores e Magistrados Contribuintes para a Manutenção do Berçário do TRT-2, na terça-feira, 8 de outubro (veja aqui).

“Tivemos uma reunião positiva, e a oportunidade de levar os exemplos das creches no TST e CNJ, destacando que o berçário do CNJ abriu ano passado, já no contexto de Emenda Constitucional 95. E avançamos para a criação uma comissão para estudar a continuidade da creche”, afirmou  Adriana Rodrigues, servidora do TRT e presidente da Associação.

Na opinião dos servidores, este é um primeiro passo, mas para garantir a continuidade da creche é necessário manter a mobilização. “A entrega do nosso abaixo-assinado, com 2 mil assinaturas, foi um elemento importante para mostrar à presidente que os servidores apoiam a creche e estão do nosso lado”, afirmou Inês Leal, diretora do Sintrajud e servidora do TRT. “Agora vamos para uma etapa de novos estudos e discussões, então vamos continuar com essa batalha e é fundamental que todos se envolvam”, finalizou Inês.

A comissão terá representantes da administração, da Associação de mães e pais e do Sintrajud. A primeira reunião foi indicada para acontecer no dia 5 de novembro.

Creche fica!

Além dos informes da reunião, os servidores reafirmaram a importância do berçário do TRT-2, que serviu de inspiração para criação do mesmo serviço em outros tribunais. Na opinião da servidora Natália Boher, a defesa da creche ultrapassa as questões orçamentárias, significa defesa de um direito fundamental. “É uma conquista nossa e não podemos abrir mão, temos que lutar por ela. Não é uma instituição amadora, tem quase 30 anos. Por isso quisemos mostrar durante a reunião com a presidente que é preciso colocar na equação o beneficio que os trabalhadores têm de ter uma creche perto, trabalhamos melhor e mais tranquilos”, afirmou a servidora.

Vanessa Pereira, também trabalhadora do TRT e que está voltando da licença maternidade, ressaltou que “É um dia muito difícil e duro [o do retorno ao trabalho], o que me fez sentir segura foi ver que me filha já está adorando as tias da creche, e saber que ela está ali do lado e vou poder continuar amamentando me deixou muito mais tranquila nesta volta”, disse Vanessa.

O ato também teve a presença de servidores que já não estão mais com filhos na creche. “Meu filho acabou de sair da creche, mas acho que briga não é só de quem tem filho lá, é uma luta que precisa ser de todos, é uma luta para não perder um benefício muito importante. A creche não é um luxo, garante que pais e mães trabalhem mais sossegados”, destacou o servidor Denis Dantas.

O Sintrajud seguirá acompanhando a mobilização em busca da garantia de manutenção e ampliação do berçário do TRT-2.

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