TRT-2 persegue ex-diretor do Sintrajud e coordenador da CSP-Conlutas e Fenajufe

Representantes do Sintrajud, da CSP-Conlutas, da Fenajufe e de outras entidades sindicais estiveram no Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, reunidos com a diretoria da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicações (SETIC) do TRT-2 e questionaram prática antissindical contra o servidor Fabiano dos Santos, ex-diretor do Sintrajud e dirigente da Federação da categoria e da central sindical à qual o Sindicato é filiado.

A representação sindical questionou o tratamento que Fabiano vem sofrendo. Após retornar de licença para exercício do mandato sindical, o servidor foi escalado para trabalhar presencialmente todos os dias, quando os demais servidores da área no Tribunal estão em teletrabalho parcial. Como agravante: o local de trabalho designado ao dirigente sindical fica em um corredor de grande circulação e com espaço menor do que o dos demais colegas, que comparecem presencialmente um dia por semana.

Não bastassem todos os ataques do governo e das administrações contra os servidores públicos, a categoria enfrenta ainda perseguição a uma das suas lideranças. “A tentativa é de silenciar os que lutam, mas não nos calarão”, disse a diretora Ana Luiza Figueiredo, na sala da diretoria da SETIC.

A prática configura assédio moral e mais um ataque à organização sindical da categoria perpetrado pelo ramo do Judiciário que deveria assegurar direitos trabalhistas como a organização e representação dos trabalhadores. Fabiano relatou que ouviu piadas dos colegas que trabalham no mesmo setor, como “você está de castigo ainda?”.  E questionou: “Mas o que fiz para ser castigado?”.

As entidades da categoria cobram tratamento adequado e isonômico, respeitando as mesmas regras estabelecidas aos demais colegas da TI. “Não iremos recuar frente a nenhum tipo de perseguição de quaisquer administrações“, ressaltou Fabiano.

Outro ex-diretor do Sintrajud e também servidor do TRT-2, Tarcísio Ferreira destaca que “não queremos benefícios, mas também não aceitaremos assédio ou perseguição, ainda mais vindo do Tribunal [Regional do Trabalho]”.
Ao final, a direção da SETIC disse que fará junto à administração o pedido de teletrabalho para Fabiano, bem como para os demais colegas.

O Sindicato não descarta a realização de novas ações contra a conduta da direção da SETIC, caso não haja mudanças nos próximos dias na situação de Fabiano.

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