TRT-2 atende ao Sintrajud e suspende expediente por paralisação de ônibus


05/09/2019 - helio batista

Protesto dos rodoviários em frente à Prefeitura, na tarde de hoje (crédito: Paulo Pinto/Fotos Públicas).

 

Atendendo a um requerimento do Sintrajud, o TRT-2 decidiu suspender o atendimento ao público e o expediente em todas as unidades da capital a partir das 17h15 desta quinta-feira, 5 de setembro,  em razão do protesto de motoristas e cobradores de ônibus.

O pedido do Sindicato não estabelecia o prazo para a liberação de ponto porque até o momento do protocolo ainda não estava definido que haveria paralisação nesta sexta. Diante da decisão dos rodoviários, a direção do Sintrajud compreende que a suspensão determinada pelo TRT deve se estender nesta sexta, e voltará a reiterar junto à administração a necessidade a abonar o ponto dos servidores que não conseguirem chegar ao trabalho. O mesmo será reiterado junto aos outros tribunais, onde também foi protocolado o pedido, mas até a publicação deste texto não havia manifestação.

Os trabalhadores reivindicam o pagamento de participação nos lucros e resultados (PLR), a manutenção da frota e a preservação dos empregos.

Para esta sexta-feira, 6, o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas) anunciou uma paralisação durante assembleia realizada em frente à Prefeitura, agora há pouco. O sindicato patronal, por sua vez, comunicou que não há recursos para o pagamento.

Mais de 20 terminais de ônibus da cidade foram bloqueados, além das principais vias e corredores de ônibus. O rodízio de veículos foi suspenso.

À tarde, os rodoviários tiveram audiência com o secretário municipal de Mobilidade e Transporte, Edson Caram, e fizeram assembleia em frente à Prefeitura, no Viaduto do Chá. Embora as reivindicações não tenham sido atendidas, a assembleia decidiu pela volta ao trabalho na noite desta quinta.

Licitação bloqueada

A gestão municipal, do prefeito Bruno Covas (PSDB), havia anunciado uma redução de 900 veículos e a demissão dos cobradores, no contexto da licitação do novo sistema de ônibus da capital, um processo que se arrasta desde 2013.

O certame foi bloqueado pelo judiciário estadual, que considerou irregular a ampliação do prazo de concessão, de 15 para 20 anos. A mudança foi feita pela Câmara Municipal, sob pressão dos empresários de ônibus.

De acordo com o Sindmotoristas, 450 veículos foram tirados de circulação e outros mil devem sair até o fim do ano, o que geraria cerca de 6 mil demissões.

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