A alteração de especialidade das 110 vagas foi instituída pelo Ato PR nº 125, publicado no Diário Oficial da União dia 4 de abril e assinado pelo Presidente do TRT-2, desembargador Valdir Florindo. O dirigente do Sintrajud, Marcos Trombeta, classificou a decisão como inadequada e equivocada, diante da sobrecarga de trabalho de agentes da polícia judicial e OJAFs.
De acordo com o referido Ato 125, de 1º de abril de 2025, a área/especialidade de 70 cargos efetivos vagos da carreira de Analista Judiciário na Especialidade OJAF do TRT-2 foram alterados para 60 cargos de Analista Judiciário – Área Judiciária. Os outros 10 cargos foram transformados em outras diferentes especialidades: três deles nas áreas de engenharia civil, elétrica e mecânica; cinco em tecnologia da informação e dois na área administrativa. Já os 40 cargos de técnico da área de agentes da polícia judicial, foram alterados para 35 vagas na área da administração e cinco na área de tecnologia da informação.
Marcos Trombeta, OJAF e diretor do Sindicato, explicou como essa decisão afetará as servidoras e servidores das duas carreiras. “Essa é uma medida inadequada porque revela um entendimento equivocado do Tribunal em relação às atribuições exercidas por esses servidores. Inclusive, em relação aos oficiais de justiça, já foi mencionado em reunião com o presidente, que eles continuam sobrecarregados, em razão da defasagem do quadro de servidores, sendo que no TRT-2 estão acumulando outras atribuições, além das suas atribuições típicas. No último concurso, acabou não sendo nomeada a quantidade de oficiais de justiça inicialmente prevista no edital, o que gera preocupação e também uma situação preocupante de acúmulo de tarefas e de sobrecarga de trabalho para o segmento.”
“A política do TRT-2 para os oficiais de justiça e para os agentes policiais está claramente equivocada e é inadequada. Essa é a minha avaliação e a gente espera que o Tribunal reveja essa decisão, que gera um prejuízo não somente para os servidores destes segmentos, mas também para a categoria como um todo e até mesmo para o próprio Tribunal, com o impacto que terá em seu funcionamento. Um ato normativo equivocado, do qual a gente discorda com veemência e que espera que seja revisto”, concluiu Trombeta.