O juiz assessor da Presidência do TRE, Manoel Luiz Ribeiro, levará ao presidente do Tribunal o pedido dos servidores para a contratação de um plano de saúde e tentará marcar uma reunião do presidente com diretores do Sintrajud e representantes da categoria.
Este foi o compromisso assumido pelo juiz assessor na reunião que manteve com diretores do Sindicato e cinco servidores do TRE nesta terça-feira, 19.
Ele também ficou de levar ao presidente do TRE, desembargador Mário Devienne Ferraz, a reivindicação de que seja garantido aos servidores o direito de se reunir e se organizar no local de trabalho. O presidente proibiu a realização de atividades sindicais no Tribunal e chegou a formalizar essa proibição em um informativo interno.
Plano de saúde
O pedido de um plano de saúde coletivo no Tribunal foi aprovado pelos servidores na última quinta-feira, 14, em assembleia que integrou as atividades do Dia de Luta do funcionalismo contra a retirada de direitos e os ataques do governo Temer (PMDB) ao serviço público.
Entre os tribunais do Judiciário Federal em São Paulo, o TRE é o único que não oferece plano de saúde aos servidores – eles recebem um auxílio, de apenas R$ 215, para buscar alternativas no mercado por conta própria.
Os servidores relataram ao juiz assessor as dificuldades que enfrentam para obter assistência médica com esse valor e apresentaram uma planilha com os modelos adotados em outros TREs.
Na avaliação dos servidores, eles teriam maior poder de negociação se pudessem contar com um plano de saúde coletivo, o que resultaria em preços mais baixos e melhor atendimento.
Reuniões em Brasília
A questão da assistência médica vem preocupando a categoria em todos os tribunais do Judiciário Federal. Nesta semana, dirigentes do Sintrajud e de outros sindicatos reuniram-se com representantes dos tribunais superiores para tratar da questão orçamentária e dos benefícios assistenciais.
Os sindicatos e a federação da categoria levaram aos órgãos superiores estudo que demonstra haver recursos orçamentários que podem ser remanejados para o reajuste dos benefícios – como os auxílios saúde, pré-escolar e alimentação. As entidades também defenderam a solicitação de verbas suplementares para o custeio dos benefícios.