Trabalhadores protestam contra aumento das tarifas de transporte nesta 5ª


08/01/2018 - helio batista

O aumento das passagens do transporte público em São Paulo, em vigor desde o último domingo (7), pode provocar o primeiro grande protesto de trabalhadores e outros movimentos sociais em 2018.

Na próxima quinta-feira (11), a partir das 17h, o Movimento Passe Livre (MPL) e outras organizações fazem uma concentração em frente ao Theatro Municipal para protestar contra o aumento de 20 centavos nas tarifas básicas de ônibus, trem e metrô, decretado pelo prefeito João Dória e pelo governador Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. O Sintrajud apóia a manifestação e convoca os servidores do Judiciário Federal a aderirem ao protesto.

Com o aumento, a tarifa básica passou de R$ 3,80 para R$ 4,00, e a integração dos ônibus municipais com os trens do Metrô e da CPTM subiu de R$ 6,80 para R$ 6,96.

A elevação das tarifas vem no momento em que a taxa de desemprego se situa na casa dos 12% e num cenário de redução dos investimentos em transporte público, tanto por parte da administração municipal como do governo estadual.

Jornadas de junho

 

Em 2013, os protestos contra o aumento das tarifas de transporte espalharam-se pelo país e acabaram abrangendo outras pautas, como a melhoria dos serviços públicos e o fim da corrupção, chegando às históricas “jornadas de junho”.

Na época, em meio aos preparativos para a Copa do Mundo, os protestos levaram à suspensão do reajuste, também de 20 centavos, decretado por Alckmin e pelo então prefeito Fernando Haddad (PT). O Sintrajud também participou das manifestações (foto).

Em 2017, o aumento da tarifa básica foi barrado pela Justiça em janeiro e liberado pelo STJ em abril, mas a prefeitura acabou desistindo da medida. Mas a integração entre ônibus e metrô e o bilhete mensal ficaram mais caros no ano passado. Além disso, a gestão Dória reduziu o tempo de viagem gratuita do Passe Livre Estudantil.

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