Trabalhadores fazem 1º de Maio de luta e classista na Praça da Sé


02/05/2023 - Giselle Pereira
A manifestação, que reuniu diversos trabalhadores e trabalhadoras na manhã dessa segunda, defendeu revogação das reformas.

Arquivo Sintrajud

Durante o 1º de Maio na Praça da Sé, em São Paulo, manifestantes reivindicaram melhores condições de trabalho para classe trabalhadora, em contraponto a manifestações que tentam desvirtuar o sentido original do Dia Internacional do Trabalhador. O ato foi organizado por entidades sindicais e movimentos sociais, incluindo o Sintrajud e a CSP-Conlutas.

Lideranças sindicais de diversas categorias e movimentos populares apresentaram a pauta de luta, que incluiu geração de empregos, aumento real dos salários, ampliação de direitos e o combate à miséria e à fome. A revogação das contrarreformas trabalhista e previdenciária e a lei de terceirização também estiveram no centro do debate. Com faixas e cartazes nas mãos os trabalhadores denunciaram os desmontes provocados pela Emenda Constitucional (EC) 95 – em vigor desde 2017 -, que atinge os serviços públicos.

No caminhão do ato, várias entidades fizeram falas em repúdio aos ataques e lembraram ainda do avanço do garimpo em terras indígenas. Outros frisaram a importância da data histórica, de luta da classe trabalhadora internacional. Foram feitas críticas as outras centrais sindicais que apoiam o governo em detrimento aos anseios da classe. Os trabalhadores que participaram do ato da CSP-Conlutas exigem a revogação de todas as reformas neoliberais que retiraram direitos.

Arquivo Sintrajud.

A diretora do Sintrajud e coordenadora da Fenajufe, Luciana Carneiro, que marcou presença no ato, avaliou a atividade de forma positiva. “A manifestação apartada das grandes centrais foi classista e potente. Não nos curvaremos aos governos e demais algozes da classe trabalhadora, fazendo parecer que não temos grandes lutas a travar, iludindo a classe trabalhadora com migalhas e falsas promessas. Pelo contrário, o 1º de Maio na Praça da Sé refletiu os anseios da classe”, disse, reforçando o caráter classista do ato e da necessidade de resistir aos ataques. “Nós do Sintrajud temos lutas e não nos deixamos pautar nem pelos governos nem pelas administrações”, completou Luciana.

O Sintrajud também esteve presente no ato do dia 1º de Maio em São Vicente, na Baixada Santista.

Ato no Vale do Anhangabaú

A CSP-Conlutas e o sindicato levantaram bandeiras dos trabalhadores na Praça da Sé e outras centrais dividiam palanque no Vale do Anhangabaú com representantes do governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), foram convidados pelas próprias centrais sindicais para o ato que deveria ser somente dos trabalhadores – o que expõem o caráter chapa-branca da atividade.

Saudação internacional aos trabalhadores

Representante da Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, conhecido como “Mancha”, saudou trabalhadores do mundo inteiro que saíram às ruas para lutar por bandeiras históricas de luta, com referência especialmente à classe trabalhadora da França, Ucrânia, Rússia e Itália.

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