Todas as contas do economista Washington


17/01/2023 - Hélio Batista Barboza
Assessor do Sintrajud, de outros sindicatos e da Fenajufe se aposenta após mais de três décadas apoiando as lutas da categoria

 

O economista Washington Luiz Moura Lima recebe homenagem no lançamento do Projeto Memória Sintrajud, em dezembro de 2022 (Foto: Gero Rodrigues)

 

O economista Washington Luiz Moura Lima, assessor do Sintrajud, da Fenajufe e de vários sindicatos em todo o país, encerrou uma trajetória de 32 anos de serviços prestados aos servidores do Judiciário Federal em São Paulo e de 46 anos de militância sindical. Ele se aposentou recentemente, cercado de homenagens, amigos e lembranças das lutas que travou ao lado da categoria.

 

De diretor do Sindicato dos Bancários, Washington acabou se tornando administrador do antigo Sintrajus, um dos três sindicatos que se unificaram para formar o Sintrajud. Como assessor econômico, participou das negociações de quase todos os Planos de Cargos e Salários (PCS) dos servidores do Judiciário Federal.

 

Também ajudou a negociar reajustes de benefícios e forneceu valiosas informações sobre a execução orçamentária dos tribunais, além de ter contribuído em discussões sobre dívida pública, previdência social e outros temas.

 

Nas últimas três décadas, o economista testemunhou de perto a evolução da categoria e dos seus sindicatos, em meio a planos econômicos, mudanças de governo e greves. Neste depoimento à Imprensa do Sintrajud, ele conta um pouco do que viveu.

 

 

De diretor a administrador de sindicato

Assembleia no TRT, em 2009 (Foto: Kit Gaion)

Comecei a trabalhar com registro em carteira aos 15 anos, como bancário. Morava em Osasco e já tinha certa militância, lutando por uma “casa do estudante”. Algumas pessoas que participavam da luta me falaram de uma oposição no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Por volta de 1976, entrei nessa oposição sindical e em 1978, plena ditadura, fomos eleitos para a diretoria do Sindicato, numa chapa contra a ‘pelegada’.

 

Mas alegria de pobre dura pouco e seis meses depois eu e mais três diretores fomos cassados, porque defendemos a greve geral dos bancários de 1979. A ditadura militar não conseguiu sustentar nossa cassação até o fim e, por uma ‘vírgula jurídica´, acabamos voltando. Só que em 1983 teve uma greve geral, desta vez de toda a classe trabalhadora, e a diretoria inteira foi cassada. Ficamos um ano e meio sob intervenção da ditadura, mas continuamos atuando como direção da categoria: arrecadávamos o dinheiro e mantínhamos a Folha Bancária, o primeiro jornal sindical diário.

 

Depois teve nova eleição. Eu já havia sido demitido do banco, mas continuei na condição de diretor emérito. Até que em 1989 tive uma grande divergência com a diretoria: eu defendia greve de toda a categoria e eles queriam greve por banco, que acabaram aprovando e na minha opinião foi um erro muito grave, porque a categoria fez uma greve por banco e depois ficou por mais de uma década sem fazer greve. Até então, ano após ano os bancários paralisavam em greves unificadas, arrancando inúmeras conquistas, importantes até hoje. Enfim saí do Sindicato, muito desanimado porque tinha defendido essa posição na diretoria praticamente sozinho.

 

Fiquei desempregado, tinha dinheiro para sobreviver por um bom tempo, mas veio o Plano Collor e levou quase todo o meu dinheiro. Retomando projetos pessoais que havia abandonado, eu tinha voltado ao curso de economia na PUC, interrompido desde quando entrei na diretoria. Mas o Plano Collor tinha acabado com os empregos e eu não conseguia pagar nem o aluguel e a faculdade. Fazia alguns bicos, já como economista, mas vivia muito apertado.

 

Foi quando vi um anúncio de emprego (dentre os pouquíssimos à época) n´O Estado de S. Paulo: “Procura-se administrador de sindicato”. Não estava nos meus planos trabalhar em sindicato, mas vi que não tinha outro jeito e me candidatei, fui selecionado e entrei no antigo Sintrajus, que representava os servidores da Justiça do Trabalho. Depois de tudo o que eu tinha vivido, administrar um sindicato não era nada absurdo. Eu tinha 30 anos e fiquei por muito tempo. As diretorias eram muito boas, meu trabalho logo apareceu. Em geral, sei distinguir muito bem o meu pensamento político do meu trabalho profissional. Minhas discussões com a diretoria eram sempre sobre questões financeiras ou administrativas.

 

Unificação, crescimento e modelo de administração

O Sindicato cresceu muito. Quando entrei, em junho de 1990, era uma pequena sala dentro do Tribunal [TRT] e dali se transformou no que é hoje. Fomos expulsos pessoalmente pelo juiz Lalau [Nicolau dos Santos Neto, então presidente do TRT, que depois foi condenado por corrupção], e pelos seguranças do tribunal, mas passamos a ocupar um andar inteiro na [rua] Antonio de Godoi, com a arrecadação das mensalidades dos associados.

 

Em 1995, veio a unificação, que foi um salto decisivo. Porque [até então] havia três situações: tínhamos o Sintrajus, que era um sindicato muito bem estruturado, muito forte; o Sinjusfem, que contava com uma vanguarda experiente na luta, embora fosse menor do ponto de vista administrativo, e tinha o Sindjuse, do Eleitoral, que era um sindicato menor, mas que deu uma contribuição muito importante em todos esses anos. Juntando todo esse pessoal com uma diretoria que já reunia vários companheiros valorosos, o resultado foi essa máquina impressionante de fazer lutas.

 

Entre 1995 e 2000, o Sindicato chegou a ter 70% da categoria sindicalizada. Servimos de modelo para a maioria dos sindicatos de servidores do Judiciário que se formaram. Lembro que eu viajava por todo o Brasil para ajudar as pessoas a estruturar administrativa e financeiramente os sindicatos. Foram pelo menos uns 10, além da própria Federação, que também se apoiou muito nessa nossa maneira de organizar a administração.

 

Em síntese, isso significa ter a consciência de que a administração [do Sindicato] deve estar sempre a serviço da luta. Tudo o que fazíamos era nesse sentido, de construir um sindicato que fosse útil à categoria e não uma máquina que consome a si mesma. A administração tem de ser boa o suficiente para que a diretoria possa se ocupar do mais importante, que é organizar e mobilizar a categoria. Precisa ter um bom departamento jurídico, um bom departamento de comunicação e uma estrutura para servir aos momentos de luta, greve, etc.

 

Discussões em Brasília, desabafo na sauna

Por causa de um problema que tivemos no TRT, resolvi sair do Sindicato. Mas nesse ínterim, usando minha formação como economista, eu tinha começado a estudar várias coisas relacionadas ao salário dos servidores, montar tabelas salariais, verificar as perdas, o orçamento dos tribunais, etc.

 

Surgiu um grupo de trabalho no STF para o PCS 2 e a Fenajufe me indicou para fazer parte desse grupo quando eu ainda era administrador do Sintrajud. Depois que saí do Sindicato, fui contratado pela Federação para continuar o trabalho. Consegui me destacar no grupo e o próprio STF passou a confiar muito em mim, nos cálculos e análises que eu fazia, de modo que praticamente montei a tabela salarial [do PCS]. Todo o trabalho eu fazia dentro de uma sala no STF e os servidores do Tribunal até brincavam, dizendo que eu e mais dois colegas da administração do STF, que também faziam parte do GT, éramos “os primeiros a entrar e os últimos a sair”. Isso foi durante várias semanas, porque era uma tarefa ainda mais complexa do que é hoje.

 

Assembleia no TRF, em 2010 (Foto: Wladimir Aguiar)

Havia muitos problemas para a aprovação do PCS. Começou com a questão do custo: eles [os tribunais superiores] diziam que [o PCS] ia custar mais 10 bilhões (aproximadamente), mas fiz as contas e mostrei que custaria, digamos, menos de um terço do montante. Uma das coisas que fiz foi explicar aos tribunais os problemas que havia nos cálculos deles.

 

Depois veio toda a discussão sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal, uma coisa nova na época. Existiam vários limites e os percentuais dos limites não estavam exatos nos tribunais. Novamente foi uma luta e cálculo e mais cálculo para que o PCS fosse viável.

 

Se apenas um tribunal estivesse fora do limite, não poderia ser aprovado para todos os outros. Além disso, um artigo da Lei dizia que os planos de carreira não entravam nos cálculos, mas esse não foi o entendimento dos tribunais superiores e do governo à época. E aí foi aquela guerra…

 

Lembro que fomos a uma reunião com líderes dos partidos no Congresso, o representando do Poder Judiciário (se não me engano, o diretor do STF) e o secretário do Ministério da Fazenda. Essa reunião era extremamente importante, pois era o último obstáculo burocrático antes de ir para votação.

 

Os caras ficaram mais de duas horas falando desse artigo da Lei de Responsabilidade Fiscal, que não dava para aprovar o PCS por causa dele. Quando chegou nossa vez, [os diretores da Federação] passaram a palavra para mim. Durante 30 segundos, eu apenas li o artigo que dizia claramente que os PCS’s não entravam nos limites da Lei, ou seja, toda aquela discussão era inútil. Simplesmente acabou a discussão: estávamos dentro da Lei e mesmo que não tivesse esse artigo não haveria problema, porque o custo estaria dentro dos limites. Isso para mim é uma coisa histórica e até decisiva.

 

Foram dois anos da minha vida em que eu estava desesperado, porque o trabalho era muito pesado e era muita responsabilidade. Meu salário era irrisório, mas o que me importava era fazer as coisas certas. Como gosto de sauna, um dia fui à sauna que havia no Hotel Nacional e comecei a desabafar com uma pessoa que estava lá.

 

Quem faz sauna sabe que é ótima terapia. Disse que não aguentava mais e que queria abandonar tudo aquilo. O cara era servidor do Judiciário e pediu pelo amor de Deus que eu não abandonasse [risos]. São coisas que acontecem na vida e nos ajudam.

 

Bombardeio da imprensa ao PCS

Em 2002, voltei para o Sindicato, mas como assessor econômico, que eu vinha sendo até hoje. Pode ser um cargo burocrático, mas não encaro como cargo burocrático. Não me satisfaço com o “não pode”: se não pode, vamos ver direitinho por que não pode. Quando você vai verificar as coisas, percebe que não é aquilo que estão dizendo.

 

Comecei a perceber isso também na questão do orçamento dos tribunais e a ter um reconhecimento, como alguém que contestava o que os tribunais falavam quando se tratava de salário, orçamento, etc. Porque também entre eles há disputa: muitas vezes, o presidente de algum conselho superior queria conversar comigo, para ouvir uma opinião diferente daquilo que estavam dizendo para ele. Era uma surpresa naquele momento ter uma pessoa que explicasse de maneira tão clara.

 

Ato no TRF, em 2011 (Foto: Jesus Carlos)

Comecei a dar muitas palestras, ir a reuniões, etc. Os últimos 20 anos foram assim. Oficialmente não participei dos PCS 3 e 4, mas extraoficialmente participei demais, porque era contratado para fazer os cálculos, interferia diretamente no andamento [das negociações] a partir de análises que eu fazia, e as planilhas que eu tinha feito lá atrás eram muitas vezes copiadas (risos). Até porque, quando eu entregava as planilhas, entregava inclusive com as fórmulas [de cálculo]; estava tudo “mastigado”.

 

Neste último PCS, o 5, uma das pessoas que representavam o STF nas negociações tinha participado do PCS 2 e perguntou: “por que o Washington não está participando?”. Aí, não teve jeito, acabei entrando [nas negociações]. Novamente as mesmas discussões de antes: com esse custo não pode ser aprovado, está acima dos limites da LRF, etc, etc. Percebi que era preciso começar do zero para demonstrar a viabilidade do PCS.

 

Tinha um notebook grande e havia uma tela na sala do CSJT onde se reunia a comissão. Comecei com uma planilha em branco e fui explicando cada número que colocava na tela para os membros da comissão. Assim o cálculo era feito da maneira mais transparente possível. Demorava muito mais, mas valia a pena, pois economizava em discussões posteriores. Depois fiquei um mês indo várias vezes a Brasília, realizando simulações de impacto orçamentário.

 

A minha conclusão à época era de que do ponto vista orçamentário e da LRF era possível aplicar o PCS em parcela única, mas isso não era uma questão técnica, mas de correlação de forças. Houve muitos problemas com a imprensa, um bombardeio em relação ao PCS, mesmo ele sendo parcelado, como o STF terminou encaminhando o projeto. Fica difícil se você diz que o servidor vai ter 100% de aumento [de salário]. Mas o custo final era menor do que a inflação do período. Uma jornalista da Globo conversou comigo várias vezes porque queria entender e algumas coisas ela publicou.

 

Obs.: na época, a imprensa destacou que o reajuste chegaria a 78%, mas esse índice seria aplicado apenas ao nível mais baixo da carreira, o dos auxiliares judiciários, função que havia sido extinta e na qual restavam poucos servidores.

Muito além dos salários

Reunião do Conselho de Base, em 2012 (Foto: Joca Duarte)

Uma das coisas que também considero importante em minha atuação nesses anos foi verificar as possibilidades de pagamento dos retroativos dos 11,98%. Durante anos, viajei pelo país em negociações com as administrações dos tribunais regionais e superiores para demonstrar a viabilidade do pagamento dessa diferença salarial.

 

Enfim, nessa minha vida de assessor econômico do Sindicato, procurei contribuir com tudo o que podia, principalmente para o PCS, e acho que tive um papel. Isso significava trabalhar até tarde e nos finais de semana. Esses cálculos [da tabela salarial] demandam centenas de páginas, devido às muitas hipóteses que são colocadas.

 

Na questão dos benefícios, particularmente da assistência médica, o intuito foi melhorar tanto o valor que os tribunais pagam para financiar a assistência médica do servidor, como também as licitações dos planos de saúde. Teve ainda a discussão sobre a autogestão dos planos, que diminui muito o custo e pode aumentar a verba para o servidor.

 

A questão da movimentação processual, carga de trabalho: há alguns anos eu fazia muitos estudos com base em dados do CNJ, para abrir perspectivas na discussão sobre fazer concursos, aumentar o número de servidores… E também a parte de política econômica mais geral: a questão da dívida pública, previdência e todos esses assuntos gerais que interessam à categoria.

 

Sindicatos de hoje e de ontem

É difícil comparar os sindicatos de hoje com o Sindicato dos Bancários do final dos anos 70 e dos anos 80, que constituía, junto com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, a vanguarda do movimento de trabalhadores fora do setor público. Acreditávamos (ou, pelo menos, eu acreditava) no poder de luta da categoria.

 

Assembleia no TRT, em 2014 (Foto: Jesus Carlos)

Também não seria muito justo comparar o Sindicato dos Bancários de hoje com o daquela época, porque há uma diferença de como se enxerga a luta da categoria, e não é um problema de uma corrente política ou outra, é um problema do momento que estamos vivendo. Naquele momento sabíamos muito bem o nosso papel. Não importava se íamos morrer ou sermos presos, fazíamos o que achávamos que tinha de ser feito para defender as reivindicações dos bancários, e em última instância havia a categoria para nos salvar.

 

Tínhamos muita esperança de que a democracia venceria a ditadura. Esse espírito combativo e de luta era o que nos movia na época da repressão e que acho que se perdeu um pouco. Não se conseguia fazer nada sem que aparecessem três ou quatro policiais, a toda hora éramos enquadrados em alguma lei (como Lei de Greve, Lei de Segurança Nacional, etc.), éramos presos, ameaçados de morte constantemente, enfim… Para se ter ideia, teve um atentado a bomba no banheiro que eu e a diretoria usávamos. Sempre porque não abríamos mão dos direitos dos bancários.

 

Na categoria [dos servidores do Judiciário Federal] o que eu noto é que houve uma evolução salarial, justamente por causa desses PCSs (particularmente o PCS 2). Estamos falando de uma categoria que até meados dos anos 90 tinha dificuldade de garantir que o vencimento básico de vários padrões atingisse pelo menos o valor do salário mínimo. Não estou dizendo que hoje é uma maravilha, mas houve uma mudança significativa nas condições de vida dos servidores, que foi resultado de décadas de luta, de greves fantásticas que o Sindicato fazia. Acho que essa mudança, de certa forma, diminuiu um pouco o ímpeto da categoria e criou mais dificuldade para a atuação do Sindicato.

 

Outra coisa que noto é que nas maiores conquistas dos servidores não houve divisão entre técnicos, analistas, agentes de segurança, oficiais de justiça, etc. Estavam todos juntos. É uma mudança que vem de há algum tempo e representa um desafio para os sindicatos. Ao mesmo tempo que é uma reivindicação justa, não dá para ficar só nisso, porque perde-se a visão do todo.

 

Por essas razões, tenho a impressão de que fazer greve hoje é mais difícil do que, por exemplo, há 20 anos.

 

Uma história, um legado

Assembleia no TRF discute o plano de saúde, em 2017 (Foto: Cláudio Cammarota)

A decisão de me aposentar foi sofrida, dolorosa por muitas razões, e a principal delas é que gosto muito do trabalho, do Sindicato, da categoria, etc. Fui acolhido em 1990, quando estava desempregado, e sou muito grato por isso. Além disso, tem aí uma história de 32 anos… Sinto-me reconhecido. São coisas que o dinheiro não paga. Eu poderia ter tomado um rumo diferente na minha vida, aproveitando várias oportunidades que surgiram, mas essa satisfação vale muito mais que o dinheiro.

 

Quanto aos sindicatos, acho que alguma coisa deixei como legado. Hoje, com planilha ou sem planilha, o dirigente sindical que conversa com o tribunal enfrenta a administração: “no ano passado, o senhor disse que não tinha dinheiro e acabou sobrando…” Acho que se criou essa mentalidade não só entre as diretorias [dos sindicatos], mas entre os próprios servidores: se não tem dinheiro, é porque estão usando o dinheiro para outras coisas. Existe uma disputa orçamentária entre muitos atores, e um desses atores são os servidores.

 

Na questão salarial acho que também deixei um legado, porque hoje está muito claro como se compõe o salário, como são aplicados os reajustes, etc. Em tudo isso é possível dar continuidade.

 

Não basta mostrar que existe saldo no orçamento de pessoal dos tribunais. É preciso mostrar de uma forma que os servidores entendam. Se não discutir esses números com os servidores, o trabalho não serve para muita coisa. É preciso criar essa consciência na categoria para ser usada como instrumento da ação.

 

Assembleia no TRE, em 2017 (Foto: Kit Gaion)

Claro que ninguém é insubstituível e sei que de alguma forma meu trabalho será suprido, mas fico muito feliz por isso. A categoria é repleta de pessoas extremamente capazes.

 

Quero aproveitar para agradecer a todas as diretorias com as quais trabalhei, e aos servidores e servidoras. Como eu disse, procurei não misturar “alhos com bugalhos”. Mesmo quando entrei em alguma discussão política, era por causa de uma convicção técnica muito forte. Expressei, sim, minha opinião, mas sem fazer dela um cavalo de batalha, de forma que todos se sentissem à vontade comigo, até mesmo os representantes do STF e dos tribunais superiores. Sempre que havia uma discussão mais pesada (e havia muitas), procurei ser educado e levar com tranquilidade o problema, mas defendendo as reivindicações da categoria.

 

Acho que por isso tive a confiança dos servidores, o que é muito importante porque, afinal, todo o trabalho foi para eles. Sou muito feliz por isso.

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