SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
.

JJ - Edição 194 - 19/10/2004 - Página 6

OPINIÃO DO SINTRAJUD


Em nome da mentira

Agora é o próprio governo dos Estados Unidos que reconhece: Saddam Hussein não possuía armas de destruição em massa nem planos de produzí-las quando o Iraque foi bombardeado e invadido pelas tropas comandadas por Washington.
A conclusão está no relatório de 1.500 páginas entregue pelo inspetor Charles Duelfer, chefe de 1.400 inspetores de armas dos EUA que procuraram, durante 16 meses, indícios de armas químicas no Iraque. O relatório diz mais: as armas não existiriam há mais de 12 anos, desde quando as Nações Unidas impuseram sanções ao Iraque após a Guerra do Golfo.
O bombardeio arrasador sobre a capital Bagdá e a posterior ocupação do país tiveram como principal argumento a existência de tais armas e a ameaça que isso representaria para o mundo Ocidental. Com base em uma mentira, o governo dos Estados Unidos matou milhares de pessoas e tenta recolonizar um país.
O relatório não traz novidades. Reconhece o que o mundo já sabia. Reproduz uma informação que milhões de pessoas levaram para as praças públicas na tentativa de conter o ímpeto bélico norte-americano, que encontrou no primeiro ministro britânico, Tony Blair, seu mais forte aliado, e na omissão dos governos francês, alemão e russo um salvo-conduto.
Mas tem um significado simbólico, ao confrontar Bush com sua mentira – que conseguiu e ainda consegue convencer milhões de norte-americanos, às vésperas de uma eleição presidencial. É mais um elemento a reforçar a defesa do fim da ocupação militar e da espoliação econômica que acontece hoje no Iraque, detentor da segunda maior reserva mundial de petróleo.


Gol de letra

A 2ª Copa Judiciária de Futebol Soçaite terminou em clima de festa e confraternização. A atividade promovida pelo Sintrajud através de seu departamento Sociocultural alcançou bons resultados. A participação da categoria extrapolou o universo dos atletas do Judiciário e motivou também torcedores a comparecerem aos jogos.
Investir em atividades esportivas, recreativas e culturais é parte da proposta de atuação do Sintrajud. Entre elas está incluído o futebol, considerado ainda o esporte de preferência nacional, tão maltratado por cartolas e empresários e tão despudoradamente usado por políticos oportunistas – de tempos idos e de agora. Esta iniciativa do sindicato na área esportiva, é importante que se diga, em nada prejudica as tarefas da entidade no campo das lutas sindicais e políticas.
Ao contrário, contribui. Pois o entrosamento social dos servidores, tendo como ponte o sindicato, tende sempre a render bons frutos também na organização sindical e no dia-a-dia da categoria.
O sucesso da 2ª Copa Judiciária, entretanto, não deve abafar suas eventuais falhas. E a melhor maneira de corrigí-las é com uma maior participação dos servidores que atuam nela na própria organização do evento.


Bancários

A greve nacional dos bancários, encerrada na sexta-feira passada sem que a categoria tivesse atendida sua pauta de reivindicações, é um marco e merece atenção por vários aspectos. O primeiro deles, a arrogância com que os banqueiros, que batem recordes atrás de recordes de lucro, trataram seus empregados e a própria Justiça: negarem-se a participar das negociações mediadas pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho.
O segundo aspecto relevante foi a postura do governo que, ao anunciar sua suposta isenção, acabou beneficiando os bancos, eternos protegidos do Planalto. E reprimiu a greve, até mesmo com força policial, no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal.
E, por fim, talvez o fato mais importante: pela primeira vez em muitos anos, os bancários passaram por cima das direções de seus sindicatos, que já haviam fechado um acordo com os banqueiros, e fizeram a mais longa greve da história da categoria. Direções compostas majoritariamente por integrantes da tendência Articulação Sindical, a mesma de Lula, José Dirceu, e dos ex-sindicalistas bancários Berzoini e Olívio Dutra. A greve, portanto, aconteceu apesar dos dirigentes sindicais e da CUT (que não se pronunciou) e contra um governo de ex-sindicalistas e os poderosos banqueiros. Só isso já é uma vitória.




EDITAL DE CONVOCAÇÃO


ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

O Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo - Sintrajud, por seus coordenadores, em conformidade com o estatuto da entidade faz saber que fará realizar Assembléia Geral Ordinária no próximo dia 27 de novembro de 2004 (sábado), às 15h, em primeira convocação. Local: Sede do Sintrajud /5º - São Paulo /SP.
PAUTA: 1) Aprovação do Balanço do Exercício de 2003, cujos documentos contábeis estarão à disposição da categoria nos dias 22, 23 e 24 de novembro (2ª ,3ª e 4ª feira), das 9 às 17 horas e 25 de novembro (5ª feira) das 15 às 22 horas. 2) Aprovação da Previsão Orçamentária para o exercício de 2005. 3) Eleição do Conselho Fiscal.
Os candidatos interessados em serem membros do Conselho Fiscal e que estão fora da capital impossibilitados de participar da Assembléia Geral, deverão manifestar-se encaminhando e-mail ([email protected]) para o sindicato ou fax (11) 3225 0608, aos cuidados das funcionárias Adriana ou Juliana, até às 19 horas do dia 26/11/04.

São Paulo, 15 de outubro de 2004.

Adilson Rodrigues Santos - Coordenador Geral;
José Carlos Sanches - Coordenador de Finanças;
Luiz da Silva Falcão - Coordenador de Finanças


EDITAL DE CONVOCAÇÃO


15ª REUNIÃO ABERTA DO CONSELHO DE BASE

O Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo - Sintrajud, por seus coordenadores, em conformidade com o estatuto da entidade, faz saber que fará realizar a 15ª Reunião Aberta do Conselho de Base no próximo dia 27 de novembro (sábado), a partir das 10 horas, na sede do Sintrajud - Rua Antonio de Godoy, nº 88 - 5º andar - Centro - São Paulo/SP
Pauta: 1) Plano de Carreira e 2) Mobilização

São Paulo, 15 de outubro de 2004.

Adilson Rodrigues Santos - Coordenador Geral;
José Carlos Sanches - Coordenador de Finanças;
Luiz da Silva Falcão - Coordenador de Finanças


CARTAS E E-MAILS


Dúvidas sobre o novo PCS

Com este novo PCS ficam revogadas as atuais funções comissionadas? Sou oficial de justiça e recebo função comissionada. Perderei ela?

Claudio Luiz Pessuti - JT/Santo André


Resposta: O novo PCS não revoga as funções comissionadas. Entretanto, no caso dos oficiais de justiça, a FC-5 será substituída por uma gratificação, que por enquanto está prevista para ser de 35% do último padrão de nível superior.


Cartas para esta seção devem ser enviadas para rua Antonio de Godoy, 88, Centro - SP - CEP 01034-000. Emails, para , com cópia para (confirmar recebimento).
Os textos devem ter, no máximo, 15 linhas.