SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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24/02/2010

Boas-vindas: novos servidores conhecem o Sindicato

Os novos funcionários do TRT-2 conheceram a história do Sindicato e sua organização na noite desta terça, dia 23. O diretor de base do Sindicato e da federação (Fenajufe), Cláudio Klein, contou um pouco dos 15 anos de história do Sintrajud. O advogado da entidade, César Lignelli, apresentou o trabalho do Jurídico, que além de propor ações em benefício da categoria, atua em defesa do servidor em requerimentos administrativos, entre outros serviços. A noite de boas-vindas se encerrou com o relato da assessora em saúde do trabalhador do Sintrajud, Ana Paula Lopes, sobre do que adoecem os trabalhadores do Judiciário Federal.

O Sintrajud nasceu da unificação dos sindicatos dos três ramos da Justiça (Eleitoral, Trabalhista e Federal). Isso aconteceu em 1995, e, de acordo com Klein, foi um acerto. ?Juntos chegamos mais longe?, disse. Ele destacou também o papel da federação, que unifica toda a categoria nacionalmente. Antigamente, segundo o diretor, os tribunais tinham mais autonomia, mas hoje as decisões estão mais centralizadas em Brasília, por isso é tão importante uma entidade nacional.

Sobre a estrutura, Klein explicou que o Sindicato teve desde sua fundação uma concepção democrática. A diretoria é colegiada e todas as decisões são tomadas em assembleias, onde a categoria aprova o que fazer. Além disso, a entidade é contra o imposto sindical, pois acredita num sindicalismo independente, não atrelado ao governo. Por isso, todo o recurso da entidade vem dos próprios trabalhadores de forma voluntária.

?O Sindicato é um instrumento para reunir as pessoas. Nossa categoria deu um salto depois que nos unimos?, afirmou Klein. De acordo com ele, que está no Judiciário Federal desde 1994, a categoria foi um dos setores que mais conseguiram aumentos nesses últimos 15 anos e ?isso foi graças à organização?.

Além da união entre os trabalhadores do Judiciário, Klein destacou a importância de ter elos com outras categorias, o que ocorre através da Conlutas. Para exemplificar, ele citou a reforma da Previdência, quando o governo federal, em 2003, retirou direitos dos servidores. Diversas categorias se uniram para tentar barrar a reforma, e, se não tivesse ocorrido esse movimento, as perdas teriam sido piores.

Jurídico

O Departamento Jurídico do Sintrajud atua na defesa de todas as questões ligadas à vida funcional do servidor, seja via judicial ou administrativa. ?É um braço do Sindicato?, definiu César Lignelli. ?Existem decisões nos mais diferentes assuntos?, disse. Ele tirou dúvidas dos novos servidores sobre a aposentadoria e o estágio probatório, entre outras. O Departamento Jurídico atende à categoria de segunda à sexta, das 10h às 18h e somente quem é filiado faz parte das ações judiciais do Sindicato.

Saúde

A assessora do Sindicato, Ana Paula Lopes, relatou os números das recentes pesquisas realizadas pelo Sintrajud sobre saúde do trabalhador do Judiciário. Em 2007, uma pesquisa sobre assédio moral entre a categoria revelou números assustadores. Ela apontou que 98% dos servidores sabem o que é assédio moral, 76% disseram que existe assédio em seu local de trabalho e 30% afirmaram que já vivenciaram essa violência no seu local de trabalho. ?Não é um problema individual, mas coletivo?, afirmou Ana.

Outros dados preocupantes são os números de licenças médicas fornecidos pelos setores médicos dos tribunais. Segundo Ana Paula, cerca de 50% são por transtornos mentais e comportamentais, que são, por exemplo, casos de depressão, pânico, stress, ansiedade. Ana explicou que esses transtornos estão relacionados ao trabalho.

Frente a esses números, o Sintrajud mantém uma campanha permanente de combate ao assédio moral, realiza debates constantemente e oferece um plantão às quintas-feiras, em sua sede. O atendimento é para servidores que estejam enfrentando situações de assédio ou adoecimento.

O Sintrajud fundou o Coletivo de Saúde, que se reúne quinzenalmente as terças à noite, para debater como prevenir e diagnosticar precocemente o adoecimento dos trabalhadores do Judiciário. O Coletivo vem desenvolvendo ações nesse sentido. A participação é aberta a todos os interessados.




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