SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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26/9/2016

Sintrajud repudia repressão aos estivadores de Santos

Categoria está em greve há uma semana e teve oito trabalhadores detidos pela Polícia Federal

O Sintrajud repudia a repressão à greve de estivadores do Porto de Santos, que na quinta-feira (22) tiveram oito colegas detidos pela Polícia Federal. O Sindicato também se solidariza com a mobilização desses trabalhadores, exige o respeito ao seu direito de greve e às leis brasileiras que proíbem a utilização de mão de obra estrangeira nos serviços de estiva.

Além disso, o Sintrajud chama a atenção para a necessidade de todos os trabalhadores, dos setores público e privado, se mobilizarem em defesa de direitos sociais e trabalhistas que neste momento estão seriamente ameaçados.

Entenda o caso

A Polícia Federal deteve oito estivadores, na manhã da quinta-feira, e os levou para a delegacia da praça Mauá, no centro de Santos, onde a categoria se reuniu para protestar. Embora em greve, os estivadores estavam a bordo do navio “Ocean Blue” desde as 7h, na defesa dos seus postos de trabalho. Eles impediam que a embarcação operasse carga e descarga com mão de obra própria.

Depois da detenção dos oito estivadores, o “Ocean Blue” voltou a operar com mão de obra estrangeira, o que contraria a Lei dos Portos e a Constituição. “Não se pode aceitar qualquer uso de força policial contra trabalhadores em seu pleno exercício do direito  constitucional de greve”, afirmou Lynira Sardinha, diretora do Sintrajud e oficial de justiça da JT Cubatão.

Os trabalhadores dos terminais de contêineres Santos Brasil, Libra e Brasil Terminais Portuários (BTP) estão em greve há uma semana.

“Os estivadores, por longos anos, foram o esteio da economia da região. Esses trabalhadores avulsos perderam espaço conforme a especulação empresarial patrocinada pelo governo foi fatiando a faixa portuária”, disse Lynira. “Pode parecer tão somente um trabalho bruto e de pouca valia, mas a estivagem de cargas em navios é um serviço perigoso, caso não seja realizado com expertise, podendo acarretar sérios acidentes e prejuízos para armadores.”

A diretora lembrou ainda que “os trabalhadores avulsos da faixa portuária são atores responsáveis ano após ano pelos recordes de movimentação do maior porto da América Latina”. 

Após detenção de estivadores, navio voltou a operar com mão de obra estrangeira




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