SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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15/9/2016

Servidores reafirmam unidade e marcam mais protestos em setembro

Após jornada de mobilizações, Fórum dos Servidores aponta mais atos dias 22 e 29 e necessidade de construir a greve geral por direitos

             

Marcha a Brasília reuniu mais de dez mil pessoas nesta terça, 13, para protestar contra as reformas e projetos do governo de Michel Temer (PMDB)   Foto - Valcir Ferreira

No dia seguinte à marcha que levou mais de dez mil trabalhadores e estudantes a Brasília, servidores públicos ratificaram a decisão de prosseguir na construção de uma luta unificada. Duas datas para mobilizações ainda em setembro foram referendadas na reunião ampliada do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), realizada na quarta-feira (14): os dias 22 e 29, como parte do movimento nacional que tenta deter as reformas e projetos do governo de Michel Temer (PMDB) que ameaçam direitos trabalhistas e previdenciários e podem se constituir no mais duro ataque aos serviços públicos das últimas décadas.

Próximo de mil servidores participaram do fórum, cuja atuação é movida à base de consenso – não há votações para definição de propostas. As mobilizações nesses dois dias – com atos públicos, paralisações e outras atividades que movimentem as categorias – têm ainda o objetivo de ajudar a preparar o caminho para a construção de uma greve geral no Brasil, que envolva também setores da iniciativa privada e movimentos sociais.

Unidade e greve

Pela primeira vez, o Fórum dos Servidores apontou um período para a possível convocação da greve geral, que vai da segunda quinzena de outubro à primeira de novembro. "A unificação e a greve geral são necessárias para esse momento de perda de direitos", avaliou a servidora Carmem Cunha, do Colégio Pedro II do Rio, ainda durante a marcha promovida pelo funcionalismo na Esplanada dos Ministérios, com participação de estudantes e movimentos sociais como o MTST.

As datas escolhidas devem-se a construções que já vinham sendo encaminhadas por setores do funcionalismo e da classe trabalhadora. O dia 22 era articulado nos serviços públicos, enquanto o dia 29 é a data apontada por entidades sindicais dos metalúrgicos para uma paralisação nacional contra os projetos e políticas do contestado governo Temer.

A busca da unidade em torno de demandas comuns e da rejeição ao pacote de medidas que o governo tentar impor foi uma constatação presente em toda a jornada nacional de mobilizações promovida pelo funcionalismo de 12 a 14 de setembro. "Precisamos pontuar a unidade dos trabalhadores, temos companheiros aqui da esfera municipal, estadual e federal [dos serviços públicos]. O Temer conseguiu juntar todo mundo, esse é o legado desse governo temerário: a unidade é que vai barrar esses ataques que estão preparados para o próximo período", disse a servidora aposentada Maria Helena, do Judiciário Federal em São Paulo e da direção do sindicato da categoria (Sintrajud).

Para a professora Eblin Farage, presidente do Andes-SN, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, a jornada de manifestações e a marcha a Brasília mostraram que essa unidade não só é possível como pode dar bons frutos. "A marcha mostrou a capacidade que as organizações da classe trabalhadora têm de construir lindos atos unitários quando quer, apesar das nossas diferenças", disse, observando que a greve geral é necessária, mas é uma construção, não pode ser convocada por decreto.




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