SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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9/8/2016

PLP 257 retira direitos e não resolve dívida dos Estados, diz Auditoria Cidadã

Coordenadora do Núcleo São Paulo da organização deu palestra aos servidores em frente ao Fórum Pedro Lessa

Palestra de Carmen Bressane reuniu servidores na Avenida Paulista. Foto: Claudio Cammarota

O PLP 257 retira direitos dos servidores e não resolve o problema da dívida dos Estados, que, assim como a dívida da União, “está cheia de ilegalidades”. Foi o que disse a coordenadora do Núcleo São Paulo da Auditoria Cidadã da Dívida, Carmen Bressane, na palestra que proferiu nesta segunda-feira, 8, em frente ao Fórum Pedro Lessa.

A atividade faz parte da mobilização dos servidores do Judiciário Federal contra o projeto, que pode ser votado na Câmara nesta terça-feira. Diretores do Sintrajud, diretores de base e servidores da Justiça Federal compareceram à palestra. “A dívida pública é a maior corrupção que temos no país”, afirmou Carmen, que é advogada e auditora fiscal aposentada.

Segundo a Auditoria Cidadã da Dívida, o governo federal gasta cerca de 45% do orçamento com o pagamento de juros e amortização das dívidas interna e externa. De acordo com os dados apresentados pela coordenadora do Núcleo São Paulo, a dívida pública somou no ano passado R$ 5,2 trilhões e custou aos cofres da União R$ 962 bilhões no ano, ou R$ 2,63 bilhões por dia. “Pagamos dois ‘itaquerões’ e meio todos os dias”, comparou Carmen, referindo-se ao estádio construído para a Copa do Mundo em São Paulo.

Carmen destacou que o Brasil tem grandes riquezas naturais e é a 9ª maior economia do mundo, mas está em crise e vive endividado para atender aos interesses do capital financeiro. “Os projetos que passaram dos governos anteriores (como o de Dilma) para este governo querem tirar dinheiro das áreas que mais necessitam, como saúde, educação e segurança, para pagar a dívida”, afirmou.

Um exemplo desses projetos é o PLP 257, disse Carmen. Ela explicou que o projeto atinge os servidores ao estabelecer elevação da  alíquota de contribuição para a previdência, impedir a realização de concursos e abrir caminho para demissões. 




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