SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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3/8/2016

Por isonomia, chefes de cartórios eleitorais podem parar no dia 12

Servidores intensificam pressão no Congresso pela aprovação do PLN 3/2016

Servidores com o deputado Weliton Prado (PMB-MG), no salão verde do Congresso

A mobilização de dirigentes sindicais e servidores da Justiça Eleitoral garantiu nesta terça-feira, 2, que o projeto de realocação dos recursos orçamentários para a isonomia salarial dos chefes de cartórios eleitorais continue pautado no Congresso Nacional. O resultado é uma vitória dos servidores, já que a sessão do Congresso realizada na terça-feira deixou de apreciar o PLN 3/2016 e outras matérias.

“Garantimos com o presidente da Câmara [Rodrigo Maia, DEM-RJ] que a  sessão será  marcada para quarta e quinta, o que garante que os deputados não poderão ir embora na quarta, como aconteceu ontem. Serão obrigados a registrar presença na quinta”, disse Zuleika Borges, servidora da Justiça Eleitoral de Santos que esteve em Brasília ajudando a organizar a mobilização da categoria. “Mas precisamos garantir quórum de senadores, principalmente”, acrescentou.

Os servidores prometem intensificar a pressão na próxima semana para obter a votação do projeto e os recursos para a isonomia, conquistada no ano passado após uma década de luta. A categoria sinaliza até a possibilidade de paralisação de 24 horas dos chefes de cartórios eleitorais no dia 12 de agosto.

“A pressão da base será essencial”, afirmou Zuleika. “Eu e a comissão de chefes de cartório que estamos em Brasília organizaremos os trabalhos, e convocamos todos os chefes a participar”, destacou. “Dividiremos os deputados por região, e a tarefa dos chefes que não virão a Brasília será telefonar para os gabinetes e enviar email para orientar os parlamentares.”

“Desconhecimento”

A convocação da sessão do Congresso para a última terça-feira, com a inclusão do PLN 3 na pauta, também resultou da intensa pressão dos servidores, que no início de julho realizaram um trabalho de “corpo a corpo” sobre os parlamentares. Eles tentaram fazer o Congresso votar a alocação de recursos para a isonomia antes do recesso, mas os deputados e senadores acabaram marcando a sessão para 2 de agosto.

Agora, com o adiamento da votação, os servidores reforçam a mobilização em Brasília e nos estados. A disposição dos dirigentes sindicais e dos chefes de cartório já foi demonstrada nesta semana, quando eles enfrentaram os seguranças do Congresso, percorreram gabinetes, fizeram panfletagens e abordaram parlamentares na entrada do Plenário do Senado.

“O que pude perceber é o desconhecimento dos parlamentares com a matéria”, contou Zuleika. “ Precisamos de mais chefes  de cartório aqui [em Brasília] e de paralisação dos cartórios.”




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