SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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4/7/2016

Sintrajud participará do Seminário Nacional "Mulheres Pretas têm história"

Evento é organizado pelo Movimento Mulheres em Luta; interessados poderão se inscrever até 15 de julho e as vagas são limitadas

Nos dias 23 e 24 de Julho o Movimento Mulheres em Luta (MML) realizará o 1º Seminário Nacional “Mulheres Pretas têm História”.  As vagas são limitadas para 300 participantes e podem ser realizadas até o dia 15 de julho. O Sintrajud, que constrói o MML, estará presente no evento.

O Seminário é parte das deliberações do 1º Encontro Nacional da entidade e tem como objetivo avançar na formulação e atuação de gênero, raça e classe do Movimento.

O MML parte da compreensão histórica de que o sistema escravista deixou resquícios nefastos para os negros e as negras, até os dias de hoje. Seja na manutenção da população negra nas condições sociais mais rebaixadas e nos postos de trabalho de maior exploração e precarização. Seja na reprodução da ideologia do mito da democracia racial, que faz com que a sociedade brasileira, incluindo alguns dirigentes sindicais e movimentos sociais, não considere as diferenças estabelecidas entre negros e não negros no cotidiano.

 No caso das mulheres negras, a situação é ainda pior, pois a combinação do machismo e do racismo impõe um grau de opressão e exploração absurdo, que se reflete também na organização para lutar, separando as mulheres negras dos movimentos feministas gerais.

 Por isso, segundo as organizadoras do evento, o seminário terá o papel de avançar na organização de um programa e uma entidade na qual as mulheres negras têm voz e possam se sentir representadas.

Nesse sentido, o encontro constituirá um espaço de formação, debate e troca de conhecimentos e experiências. Paralelamente, será também uma forma de saudar a coragem e disposição de luta demonstradas pelas mulheres negras ao longo da história, liderando quilombos e terreiros; preservando os elementos africanos na cultura brasileira; sendo o sustento da família negra no período pós-abolição e até os dias de hoje, em que muitas delas criam seus filhos sozinhas.

Para a diretora do Sintrajud e servidora do TRE, Raquel Morel, a discussão sobre as mulheres negras é muito importante, principalmente por ser um setor da sociedade que enfrenta muita opressão e, mesmo assim, sempre esteve à frente de lutas importantes. “Mulheres negras foram tratadas como objeto sexual ou invisibilizadas ao longo da história, mas isso não diminuiu nossas forças e não nos tirou da luta, por isso esse seminário é muito importante, pois, nós, mulheres pretas, temos direito a história”, afirmou. “Queremos debater temas como a identidade e resistência da mulher negra, o machismo e o racismo no mundo do trabalho e no sindical, as religiões de matrizes africanas e as formas culturais de resistência”, finalizou.

As informações sobre programação e inscrições para o Seminário podem ser encontradas aqui. 




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