SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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8/6/2016

Servidores da JF e do TRF-3 vão parar por duas horas no dia 16

Assembleia setorial aprova paralisação como parte do Dia de Luta contra os ataques do governo Temer

Servidores se reuniram em frente ao Juizado Especial Federal, na avenida Paulista

Os servidores da Justiça Federal e do TRF-3 vão paralisar suas atividades por duas horas, no dia 16, como parte da participação da categoria no Dia Nacional de Luta dos servidores federais contra os ataques do governo Temer ao serviço público. A paralisação começará às 16h, a fim de possibilitar que os servidores assistam à aula pública que será ministrada no vão livre do Masp pelo juiz federal e professor Marcus Orione, do curso de Direito da USP. A aula integra as atividades do Dia Nacional de Luta.

A paralisação foi decidida nesta quarta-feira, 8, durante a assembleias setorial que os servidores da JF fizeram em frente ao Juizado Especial Federal (JEF), na avenida Paulista. Outra setorial foi realizada no saguão do Fórum de Execuções Fiscais, na praça Roosevelt.

Além da paralisação, a assembleia decidiu que a categoria deve esclarecer a opinião pública sobre a situação dos servidores do Judiciário, cujos salários estão sem reposição há dez anos. Uma carta aberta será distribuída à população nos locais de trabalho e divulgada na mídia, a começar pelos jornais que circulam entre os usuários do Metrô. Os veículos de comunicação do Sintrajud também vão divulgar os esclarecimentos da categoria.

O objetivo é evidenciar a diferença entre as regalias recebidas pelos magistrados e o arrocho salarial dos servidores, agravado pela retirada de direitos promovida pelo governo Temer. “É preciso mostrar que o servidor não é oneroso para o Judiciário; ele é quem faz a Justiça funcionar”, disse o servidor da JF Vítor Tavares.

Previdência não tem déficit

O texto da carta, conforme decidiu a assembleia, destacará a importância dos servidores para o funcionamento do Judiciário e a importância do Judiciário para o país, citando o exemplo da Operação Lava Jato. Além disso, o documento deve denunciar o corte de estagiários nos tribunais, em meio às medidas de redução de despesas dos tribunais.

O PLP 257, que congela salários, proíbe concursos públicos e promove a demissão de servidores, será denunciado como instrumento de ataque ao serviço público. O projeto também eleva de 11% para 14% a contribuição previdenciária dos servidores.

A carta aberta mostrará ainda que a Previdência Social não tem déficit e que a reforma previdenciária visa eliminar direitos dos trabalhadores em favor do pagamento da dívida pública.

“Não podemos contar com a administração [dos tribunais] e só temos o Sindicato ao nosso lado para barrar essa retirada de direitos, que vem se acentuando”, afirmou a diretora do Sintrajud Maria Helena Leal, servidora aposentada do TRF-3. Ela destacou a necessidade de os servidores se mobilizarem e se unirem às demais categorias do funcionalismo federal nas atividades programadas para o dia 16. 




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