SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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30/5/2016

Coordenação Nacional da CSP-Conlutas debate situação política do país

Trabalhadores preparam plano de lutas contra os ataques do governo como as Reformas da Previdência e Trabalhista

As estratégias para a organização da luta em defesa da classe trabalhadora, contra os ataques aos direitos sociais aprofundados pelo governo interino de Michel Temer (PMDB), sem defender o retorno de Dilma (PT), foram debatidas na reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, que aconteceu no último fim de semana, em São Paulo. A reunião contou com a participação de quase duzentos representantes das entidades sindicais, estudantis e populares que integram a Central.

O primeiro dia de Coordenação, sexta-feira, 28, foi marcado pelo debate sobre situação política nacional e contou com a participação de José Maria de Almeida, pelo Espaço de Unidade de Ação, e Felipe Demier, pela Frente de Esquerda Socialista. Durante o debate, os presentes apontaram a necessidade de desenvolver ações de mobilização contra as medidas de retirada de direitos, já em curso, e para a construção de uma greve geral dos trabalhadores.  

Para José Maria de Almeida, a crise na qual o Brasil está inserido faz parte de um processo mundial de acirramento dos ataques aos direitos dos trabalhadores. Ele citou como exemplo a reforma trabalhista implementada na França, que levou centenas de milhares de trabalhadores às ruas, em reação contrária à medida do governo de François Hollande. O representante do Espaço de Unidade de Ação destacou a necessidade de se construir um campo alternativo de luta da classe trabalhadora. 

“Temos o grande desafio de pensar em como destravar o processo de mobilização. Transformar a revolta em mobilização. Precisamos botar para fora o governo Temer, que vai dar continuidade aos ataques iniciados pelo governo Dilma, para continuar colocando a crise nas costas da classe trabalhadora. Precisamos convocar uma greve geral contra o ajuste fiscal, botar o povo na rua contra essas medidas e para derrotar a reforma da previdência”, ressaltou Almeida.

Felipe Demier, docente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e da Frente de Esquerda Socialista, afirmou a necessidade de construir uma frente de esquerda socialista e construir uma plataforma de lutas comuns dos setores da esquerda. “Precisamos construir o terceiro campo, em que estejam presentes todos os campos da esquerda que fizeram oposição aos ataques do governo do PT e num processo de luta unificada da classe trabalhadora, num momento adverso, fazer o enfrentamento”, avaliou.

Para o presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo, há consenso na necessidade de lutar contra o governo interino de Michel Temer, que já começou em crise, sem apoio popular e sob uma série de escândalos que continuam aparecendo. “Temos que lutar contra esse governo interino, que coloca em prática, de forma mais intensa, a política de ajustes, com algumas das medidas já anunciadas no governo Dilma, como a contrarreforma da previdência, o PLP 257, a reforma trabalhista, buscando construir a greve geral e chamando as demais centrais para essa construção. Temos que avançar com consignas que estejam aliadas à luta contra a retirada de direitos da classe trabalhadora”, explicou Rizzo.

Após a mesa de conjuntura, foi realizado um painel com representantes dos trabalhadores, estudantes e movimentos populares em luta, com a exibição de vídeos e relatos das ocupações estudantis e greves da educação em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, ocupações urbanas populares em Minas e São Paulo, a greve mobilização dos docentes das instituições estaduais de ensino superior em diversos estados como Amapá, Piauí, Minas Gerais, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Pará e Bahia. 

Conselho Fiscal presta contas

A manhã de sábado, (28), segundo dia da reunião, foi dedicado a apresentação de contas do Conselho Fiscal.  

Assim como o Sintrajud, a CSP-Conlutas não recebe imposto sindical, desta forma as entradas são deliberadas pelas regionais, bem como são recebidas contribuições como mensalidades e doações. Essas são concepções que condizem com o programa da Central de que as contribuições dos trabalhadores as suas entidades devem ser espontâneas e também não aceitamos contribuições que possam atrelar nossas políticas a interesses de patrões e governos.

 As despesas e receitas da Central mantiveram equilíbrio e tem cumprido prerrogativas do Conselho Fiscal, com transparência, e atendendo a reivindicação da última prestação de contas enviando os documentos fiscais com 25 dias antecedência para serem analisados pelos conselheiros.  

 




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