Trabalhadores terceirizados do setor de limpeza e zeladoria do TRE-SP fizeram uma manifestação em frente ao prédio da Miquelina nesta quarta-feira, 11, e iniciaram uma greve por tempo indeterminado. Eles protestam contra o atraso no pagamento dos salários e do vale-refeição por parte da empresa Venturini.
“Essa é uma situação que vem se repetindo; esses mesmos funcionários sofreram um calote da empresa anterior”, afirmou Ely Veríssimo, servidor do TRE e diretor do Sintrajud.
A manifestação desta quarta-feira terminou depois que os trabalhadores conseguiram do TRE o comprovante de que o Tribunal pagou a empresa. “Agora vamos ver com nossa assessoria jurídica as providências que podem ser tomadas”, disse Luiz Cláudio, assessor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco).
Parte dos trabalhadores, porém, continua em greve até que seja regularizada a situação.
“O que os servidores do TRE podemos fazer é cobrar do Tribunal para que pressione a empresa, porque o contratante tem a obrigação legal de fiscalizar o cumprimento das obrigações trabalhistas pelo contratado”, declarou Thiago Vieira dos Santos, servidor do TRE e diretor de base do Sintrajud. “O Tribunal, em última instância, é corresponsável”, afirmou.
A diretora do Sintrajud Raquel Morel Gonzaga, também servidora do TRE, observou que os terceirizados fazem parte do corpo de funcionários dos tribunais, que por isso têm responsabilidades em relação a esses trabalhadores. “Com essa situação de ajuste fiscal da economia, quem mais têm sofrido são os terceirizados”, ressaltou.